D. João Lavrador destacou que jovens vão manifestar «publicamente os valores que os marcam» e importa ter presentes na «edificação da sociedade do presente e do futuro»
Fátima, 03 jun 2023 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal da Cultura, da Igreja Católica em Portugal, afirmou hoje que a JMJ Lisboa 2023 é uma “oportunidade” para aprofundar a reflexão sobre “as problemáticas que afetam a juventude”, e que devem estar “na sociedade”.
“As Jornadas Mundiais da Juventude são uma grande celebração, a maior de todas em número de participantes, e pretende congregar os jovens de todo o mundo para em conjunto festejar, dar expressão à sua alegria, mas também para manifestarem publicamente os valores que os marcam e, uma vez ansiados por eles, importa ter presentes para edificação da sociedade do presente e do futuro”, disse D. João Lavrador, na abertura da Jornada Nacional da Pastoral da Cultura.
‘Culturas juvenis, questões adultas’, é o tema “da máxima importância e atualidade” da 17.ª Jornada Nacional da Pastoral da Cultura, que está a decorrer, este sábado, 3 de junho, na Casa Domus Carmeli, em Fátima.
Lisboa vai acolher a primeira edição internacional de uma Jornada Mundial da Juventude em Portugal, de 1 a 6 de agosto, e D. João Lavrador assinalou que “todos” reconhecem a importância e a “oportunidade” de aprofundar a reflexão sobre “as problemáticas que afetam a juventude e que devem estar presentes na sociedade em geral”.
O presidente da Comissão Episcopal da Cultura, bispo da Diocese de Viana do Castelo, acrescentou que se sente que o pós-Jornadas “se afigura desafiante” para todos os que pretendam introduzir nos dinamismos dos grupos, movimentos ou setores socioculturais, onde os jovens marcam presença “com a finalidade da transformação cultural” que todos desejam, “os valores essenciais para a vida da pessoa humana, para o seu desenvolvimento e para a humanidade no seu todo”.
D. João Lavrador lembrou que o Papa Francisco, na sua viagem à Hungria, disse aos jovens que “importante é haver alguém que provoque e ouça as vossas perguntas e não vos dê respostas fáceis, respostas pré-fabricadas, mas vos ajude a enfrentar sem medo a aventura da vida à procura de respostas grandes”.
Ao longo do dia, entre as 10h00 e as 16h45, vários oradores vão refletir sobre “Cultura(s) e condição juvenis na atualidade – Ponto da situação na perspetiva da Sociologia, da Psicologia e da Formação integral”; “Campos de atração e compromisso dos jovens – do audiovisual e cinema à música e à ‘arte de rua’, do desporto ao voluntariado” e “Jornada Mundial da Juventude – ontem e hoje: experiência (inter)cultural e vivência espiritual”.
O presidente da Comissão Episcopal da Cultura referiu que os intervenientes, com a sua reflexão, vão ajudar a “valorizar cada vez mais os jovens e torná-los protagonistas da evolução sociocultural do mundo de hoje”.
“O programa oferece-nos um itinerário de reflexão profundo e exigente e os conferencistas, pela sua experiência, dão-nos a certeza de um debate sério e frutuoso”, destacou D. João Lavrador, segundo a saudação inicial publicada no sítio online do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.
Em declarações à Agência ECCLESIA, o diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura assinalou que esta “não era uma jornada dedicada à JMJ”, mas tomava consciência previamente de que estar próximo da edição portuguesa da Jornada Mundial da Juventude (1 a 6 de agosto, em Lisboa) “trazia um horizonte mais carregado de sentido a tudo o que se dissesse ou se pensasse” na JNPC 2023. ‘Culturas juvenis, questões adultas’ foi o tema da 17.ª Jornada Nacional da Pastoral da Cultura, e José Carlos Seabra Pereira explicou que pediu aos oradores para “sem nenhum paternalismo” olharem que “as questões adultas estão a ser formuladas, talvez, com maior acuidade por aqueles” que continuam a distinguir como jovens. Segundo o entrevistado, “resultou bem” que nos participantes, que foram ouvir e dialogar, e nos próprios oradores existisse “uma quota de quase metade na primeira juventude e oradores numa segunda juventude”, os outros palestrantes ou participantes, “de idade mais adulta em anos, “deu um ganho de vitalidade, um renovado discernimento de certezas e incertezas”. “Houve momentos de maior otimismo, de inquietação, de preocupação, resultou uma ponderação muito viva das tais questões adultas que estão aqui em causa”, acrescentou, no final da JNPC 2023. O diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura destacou também que terminar a JNPC 2023 com “jovens voluntários” da JMJ Lisboa 2023 “deu outra respiração”, e um “novo impulso de caminho”. “Agora temos todos a responsabilidade de fazer também o que aqui foi dito, pensado, ponderado, às vezes com uma hesitação, também faça caminho dentro de cada um, nas nossas relações interpessoais, nas nossas intervenções em comunidade, dentro da Igreja e até na sociedade civil para lá das fronteiras tão fluídas daquilo que chamamos Igreja, e fronteiras que queremos cada vez mais abertas e enriquecimento mutuo”, desenvolveu José Carlos Seabra Pereira. |
CB
Notícia atualizada às 18h32