Comunicações Sociais: Verdade e «mensagem de coração» deve marcar a relação da Igreja com os jornalistas

Diretor de comunicação da Arquidiocese de Braga destaca o Dia Mundial das Comunicações Sociais como «data celebrativa»

Braga, 19 mai 2023 (Ecclesia) – O padre Paulo Terroso, diretor de comunicação da Arquidiocese de Braga, disse hoje à Agência ECCLESIA que a Igreja tem de cuidar da sua comunicação, “incarnando a mensagem de coração e braços abertos”.

“Na relação com os jornalistas, é preciso incarnar a mensagem de coração e braços abertos, a verdade na relação, de olhos nos olhos e sentar lado a lado é fundamental”, indica o sacerdote em declarações à Agência ECCLESIA.

O padre Paulo Terroso refere que, em Igreja, “tem de se olhar a comunicação de outra forma, sem ter medo” e que, ao estilo do Papa Francisco, deve ser “franca e disponível a perguntas”.

“O Espírito Santo fala. Já pensámos que o Espírito Santo age e fala através dos jornalistas?”

Olhando a realidade dos jornalistas, o entrevistado aponta ainda a estrutura, “ao mesmo tempo empresarial” e que estão sujeitos a “competição e concorrência”.

O sacerdote é também membro da Comissão de Comunicação do Sínodo 2021-2024 e indica que este processo “extraordinário” que a Igreja vive põe em destaque a a ação de escutar.

“Escutar é o destaque de hoje. Mais do que ouvirmos uns aos outros, é a atenção dada aos outros, tremendamente exigente. E o que está a acontecer de extraordinário na vida da Igreja, com o sínodo, é passar de um excesso de falar e pregar a outro verbo que é escutar as pessoas, ouvir todos. Quem quiser pode falar e será escutado, é isso que o sínodo diz a todos”, assinala.

Segundo o sacerdote, “há intuições do povo de Deus que precisam de ser escutadas e reconhecidas” e é esta dimensão que dá valor ao sínodo, defendendo que “este processo não pode parar”.

No âmbito do Dia Mundial das Comunicações Sociais, assinalado este domingo, 21 de maio, a Arquidiocese de Braga promoveu um pequeno almoço com os jornalistas da região de Braga, “momento de convívio” que o sacerdote destaca.

“Procuramos uma relação próxima com os jornalistas. É um dia celebrativo e, ao mesmo tempo, este ano convidámos a cardiologista Sílvia Monteiro que nos trouxe uma análise da perspetiva médica e de humanização dos cuidados de saúde, da escuta e cuidados do nosso coração”, descreve.

O sacerdote refere ainda o “stress de quem trabalha em comunicação social”, “não havendo horas para uma notícia” e que, muitas vezes, se “paga a fatura neste órgão (coração) que vive sobressaltado”.

SN

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