O povo português “é extraordinariamente generoso e solidário” – Isabel Jonet
Lisboa, 11 mai 2023 (Ecclesia) – A presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares contra a Fome considera que a última campanha destas instituições solidárias teve resultados “inesperadamente bons” visto que foram “recolhidas 1719 toneladas de alimentos” doadas pelas pessoas que foram às compras.
“Um gesto de partilha para com as famílias mais carenciadas da sua região”, disse Isabel Jonet à Agência ECCLESIA.
Em Portugal, há 21 bancos alimentares que “têm uma atuação local” e “têm parcerias com 2600, a maior parte das quais ligadas à Igreja católica”, sublinhou.
O Banco Alimentar Contra a Fome promoveu, nos dias 06 e 07 deste mês, uma campanha de recolha de alimentos nos supermercados e convidou os portugueses a alimentar a esperança.
“Em contexto de crescentes dificuldades para muitas famílias, a braços com o aumento do custo de vida e das taxas de juro, que lhes limitam de forma significativa o rendimento disponível, o Banco Alimentar apela de novo à manifestação da habitual solidariedade de todos os portugueses para que deem o seu contributo”, realçou.
Atualmente, são “400 mil pessoas que recebem, no seu prato, comida que vem de um banco alimentar, comida que é doada pelos portugueses”, referiu Isabel Jonet ao Programa ECCLESIA emitido hoje na RTP2.
O sucesso da campanha, que teve como mote «Juntos, vamos alimentar a esperança», deve-se “aos 40 mil voluntários na rua” e quem “partilhou os alimentos”, avançou a presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares contra a Fome.
Naquele fim-de-semana, os portugueses “doaram alimentos em cerca de duas mil superfícies comerciais espalhadas por todo o país”.
Para além da campanha presencial, a recolha prossegue até 14 de maio através de vales disponíveis nos supermercados ou no canal online www.alimentestaideia.pt.
“Quem quiser ir até ao supermercado, até ao dia 14, pode dar o seu donativo em forma de vales ou através do site”, acrescentou Isabel Jonet.
Apesar das atuais contingências financeiras, a presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares contra a Fome considera que o povo português “é extraordinariamente generoso e solidário”.
“Habituaram-se a ver no banco alimentar, uma instituição de confiança”, avança.
O Banco Alimentar foi criado em Portugal em 1991 com a missão de lutar contra o desperdício e distribuir apoio a quem mais precisa de se alimentar, em parceria com instituições de solidariedade e com base no trabalho voluntário. Existem atualmente 21 Bancos Alimentares (nas zonas de Abrantes, Algarve, Aveiro, Beja, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Cova da Beira, Évora, Leiria-Fátima, Lisboa, Madeira, Oeste, Portalegre, Porto, S. Miguel, Santarém, Setúbal, Terceira, Viana do Castelo, Viseu).
A Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares representa e congrega a rede dos Bancos Alimentares a nível nacional e internacional.
HM/LFS
