Negar os direitos dos imigrantes contradiz os valores da Europa

Negar os direitos aos imigrantes é uma contradição dos valores fundamentais que a cultura europeia apresenta como tradição. A falta de condições no acesso à justiça por parte dos mais vulneráveis é uma “discriminação” afirmou o Arcebispo Manuel Monteiro, Núncio Apostólico em Espanha e chefe da delegação da Santa Sé na Conferencia dos Ministros europeus da justiça, realizada em Lanzarote, Espanha no âmbito do Conselho da Europa. O Arcebispo denunciou formas de exclusão no Continente europeu, de disparidade de tratamento, tanto no mundo do trabalho, da educação e formação, na assistência médica, para além de casos de exploração e os abusos, também sexuais, que envolvem os menores e os migrantes, especialmente as mulheres, e acrescentou que “todos estão muito conscientes desta situação”. Para o chefe da delegação da Santa Sé, a forma de mudar esta situação é contrariar “formas de intolerância”, pois só assim “será possível modificar o quadro legislativo e também os processos judiciais” e dar garantias aos migrantes e aos menores da dignidade de pessoas, assegurando a sua liberdade. A Santa Sé considera estas situações como uma contradição nos valores fundamentais enraizados na cultura europeia, que inspiram o processo de integração dos povos. O Núncio Apostólico advertiu ainda para o risco que se corre de “transformar as regras essenciais da convivência numa simples legalidade formal”. Com Rádio Vaticano

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