Lamentou o Secretário do Conselho Pontifício Justiça e Paz aos bispos portugueses presentes em Roma Apenas três países a nível mundial cumprem o acordo de cooperação internacional. Lamentou esta manhã (8 de Novembro) o secretário do Conselho Pontifício Justiça e Paz quando recebeu os bispos portugueses, a realizar a visita «Ad Limina a Roma até ao próximo dia 12. Como o Cardeal Renato Martino, Prefeito da Conselho Pontifício Justiça e Paz, está em Madagáscar, o secretário do referido Conselho fez as honras da casa e sublinhou que nesta área os “montantes têm diminuído” visto que os “0,7% dos seus produtos” para este efeito não são cumpridos. “As dificuldades ao nível da Segurança Social fazem com que desloquem para aí essas verbas” – disse à Agência ECCLESIA D. Carlos Azevedo, Secretário da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP). A questão da pobreza e do recente documento sobre a corrupção também estiveram no centro do diálogo. “A pobreza é a grande preocupação deste Conselho” – sublinhou o prelado português. Na apresentação deste órgão da Cúria Romana, o secretário do conselho falou também sobre a questão das armas e da paz. “Aumenta a produção de armas e do respectivo comércio” apesar de “diminuir ao nível dos governos” – frisou D. Carlos Azevedo. Nesta questão, os prelados lusitanos realçaram que, em Portugal, a Comissão Nacional Justiça e Paz teve uma intervenção “meritória e eficaz”. Por detrás deste sector estão “grandes poderes económicos, nomeadamente a Índia e China”. E avançou: “São politicamente e economicamente muito agressivos, especialmente em África”. No campo dos Direitos Humanos, o secretário do Conselho Pontifício Justiça e Paz anunciou que sairá, brevemente, um “documento sobre a Pena (fruto do Direito Penal)” e um “directório para as Comissões Justiça e Paz”.