Ainda existem soluções diplomáticas para tensão entre Turquia e Curdistão

As soluções diplomáticas deverão ser a resposta para a tensão que se vive entre a Turquia e o Curdistão iraquiano, indicou o vigário apostólico de Anatólia, D. Luigi Padovese. No passado Domingo, depois da oração do Angelus, Bento XVI pediu “esforço para conseguir uma solução pacífica” para resolver a crise da região fronteiriça turco-iraquiana que se vive pela presença, no Norte do Iraque, de rebeldes curdos do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), considerado como uma organização terrorista pela Turquia, EUA, União Europeia e Iraque. Há algum tempo que a Turquia ameaça intervir militarmente no Curdistão iraquiano, onde o PKK instalou as suas bases. Um conflito aberto entre a Turquia e o Curdistão iraquiano “seria uma catástrofe” para as populações envolvidas e mais uma ferida aberta para todo o Médio Oriente, aponta na edição de ontem, Quarta-feira, o jornal L’Osservatore Romano. O apelo para uma solução pacífica da crise é sublinhado pelo Vigário apostólico para quem a questão curda é “um problema sobretudo interno da Turquia”, país “de diferentes rostos”. De acordo com D. Luigi Padovese, a tensão é provocada por “propaganda que sempre enfatizou os ataques do PKK e os assassinatos, que são alvo de condenação dos soldados turcos, mas que com o impacto emocional, geram maior tensão. No entanto, o prelado acredita haver espaço para uma “solução diplomática”, mas avisa que se deve enfrentar “o problema curdo na sua total amplitude e alcance”, um problema que persistiria também “depois de uma possível invasão turca do Iraque”. Uma realidade curda com dificuldades de inserção coexiste ao lado de “outra, também curda, bem integrada na Turquia”, indica. O prelado indica ainda que quem iria sofrer com um eventual conflito “seriam todas as pessoas que encontraram no Curdistão segurança e “muitos deles dos deslocados são cristãos”. Com Zenit

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