Bento XVI assinalou no Vaticano a Solenidade de Todos os Santos, considerando que a santidade não é uma “condição de privilégio reservada a poucos eleitos”, mas uma tarefa de todos os seres humanos. “Todos os seres humanos são filhos de Deus e todos devem tornar-se naquilo que são, através do caminho exigente da liberdade”, indicou. Antes da recitação do Angelus desta Quinta-feira, na Praça de São Pedro, o Papa disse que a “tornar-se santo é a tarefa de cada cristão, poderíamos mesmo dizer de cada homem”. Na sua intervenção, Bento XVI recordou que nos primeiros tempos do Cristianismo os membros da Igreja eram chamados também “santos”. Na I Carta aos Coríntios, por exemplo São Paulo dirige-se “aos santificados em Jesus Cristo, chamados à santidade, com todos os que, em qualquer lugar, invocam o nome de Jesus Cristo”. Para o Papa, a santidade consiste, em última análise, “em viver como filhos de Deus, na semelhança com Ele, segundo a qual foram criados”. Bento XVI recordou ainda que hoje se celebra o dia dos fiéis defuntos, “todos aqueles que nos precederam na passagem deste mundo para a vida eterna”. “Todos os dias, a Igreja convida-nos a rezar por eles, oferecendo também os sofrimentos e as fadigas quotidianas para que, completamente purificados, sejam admitidos no gozo eterno da luz e da paz do Senhor”, explicou. FOTO: Lusa