Índia: religiosas agredidas por grupo extremista

Um grupo de fundamentalistas hindus agrediu, na semana passada, cinco religiosas Claretianas na Diocese de Indore, no estado de Madhya Pradesh, Índia. As irmãs Jincy, Sayujia, Pavitra, Sweta, e Anna Maria foram espancadas pelo grupo extremista Dharma Raksha Samiti (Comité para a protecção da religião, favorável ao sati – suicídio ritual das mulheres que ficam viúvas) e acusadas de tentar converter a população local ao Cristianismo. Segundo a agência católica AsiaNews, a polícia recusou até à última a intenção de apresentar denúncia manifestada pela Igreja local. A acusação de conversão forçada foi, mais uma vez, o pretexto usado pelos fundamentalistas hindus para agredir membros da comunidade católica. As religiosas foram agredidas quando voltavam para casa, depois de terem rezado o terço, na casa de uma família. Elas estão internadas num hospital local. O presidente do Episcopado de Madhya Pradesh e Chattisgarh, D. Leo Cornelio, Bispo de Khandwa, usou palavras duras ao comentar o episódio: “Até agora, sofremos em silêncio, mas parece que as organizações fundamentalistas confundiram o nosso silêncio com fraqueza. O ataque perpetrado contras as religiosas Claretianas é um ataque às mulheres e à nossa democracia”, disse o prelado. Em sinal de protesto contra a agressão às religiosas, e em defesa da liberdade religiosa, os fiéis da Diocese de Indore começaram, neste Sábado, uma greve de fome. “O que nos preocupa é que os grupos fundamentalistas são muito influentes politicamente, e as autoridades não conseguem garantir a segurança dos cidadãos”, disse D. Cornelio. Em conclusão, este responsável sublinhou que “não podemos tolerar mais actos deste nível”, frisando que “a nossa liberdade religiosa não é negociável”. Departamento de Informação da Ajuda à Igreja que Sofre

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