País foi atingido pelo ciclone Freddy
Lisboa, 21 mar 2023 (Ecclesia) – A Conferência Episcopal de Moçambique (CEM) apelou à solidariedade com as vítimas do ciclone Freddy e relata um cenário de destruição em Quelimane, capital da província da Zambézia.
“Muitas famílias ficaram sem abrigo e vivem ao relento, ou estão temporariamente acolhidas em escolas básicas”, disse à Renascença D. António Juliasse, bispo de Pemba e secretário-geral da CEM.
O responsável católico refere que em Quelimane “não há comida e a cidade ficou também sem água potável e sem eletricidade”.
“Há imensas casas destruídas, campos de cultivo totalmente destruídos e também muitas infraestruturas ficaram destruídas, as pessoas ficaram sem nada”, acrescenta.
Ministério da Saúde de Moçambique já alertou para o aparecimento de um surto de cólera, na região.
De acordo com o bispo de Pemba, o Instituto Nacional de Gestão e redução de Risco de Desastres atualizou o número de mortes na sequência do temporal, apontando para 143 vítimas.
“Se a Cáritas não tiver quem a ajude também não poderá chegar aos que mais precisam, para que as pessoas não venham a morrer por causa da fome”, alerta.
Em declarações à Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), o bispo de Quelimane, uma das zonas mais atingidas pelas chuvas e ventos fortes, descreve um “cenário dramático”.
“O povo neste momento não tem o que comer”, refere D. Hilário Massinga, que fala em “gente a morrer”.
Além dos mortos, há pelo menos 50 mil deslocados, num universo de mais de 350 mil afetados em Moçambique.
O responsável pela Diocese de Quelimane destaca o impacto da destruição, pedidno “apoio para a reabilitação das residências e das igrejas”.
OC