Bispos portugueses publicam nota de agradecimento, apontando ao regresso do Papa ao país, seis anos depois
Cidade do Vaticano, 13 mar 2023 (Ecclesia) – A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) assinalou hoje o décimo aniversário de pontificado do Papa Francisco, saudando o seu esforço de “renovação da Igreja”, incluindo o combate aos abusos sexuais, e a sua atenção aos mais pobres.
“Agradecemos ao Papa Francisco a redobrada atenção aos mais pobres, sinalizada com a celebração anual do Dia Mundial dos Pobres, a constante luta contra os abusos sexuais de menores e adultos vulneráveis na Igreja, convocando toda a Igreja para a tolerância zero, o cuidado pelos mais descartáveis”, indica uma nota da CEP, enviada à Agência ECCLESIA.
O texto refere-se às 40 viagens apostólicas internacionais, “sobretudo a países da periferia”, apontando ao regresso de Francisco a Portugal, seis anos depois.
“Agradecemos ao Papa Francisco a sua presença entre nós em 2017, como peregrino da paz, no Centenário das Aparições em Fátima e contamos com ele em agosto próximo para a Jornada Mundial da Juventude em Lisboa”, referem os bispos portugueses.
A CEP fala num pontificado marcado pelo “empenho contínuo pelo efetivo diálogo ecuménico e inter-religioso”, o “apelo e compromisso pela paz e justiça no mundo” e “tantas outras atitudes e gestos apontando para que a Igreja de Jesus Cristo seja autenticamente inclusiva, aberta e ‘em saída’”.
A Conferência Episcopal Portuguesa saúda com alegria e agradece vivamente o ministério pastoral que o Papa Francisco foi chamado a exercer como Bispo de Roma e Pastor da Igreja Universal ao longo destes dez anos”.
A nota começa por recordar as primeiras palavras após a eleição, na noite de 13 de março de 2013, na qual Francisco apontou a um “caminho de fraternidade, de amor, de confiança”.
“Agradecemos ao Papa todo o intenso magistério que nos legou até hoje, a começar pela programática exortação apostólica ‘A Alegria do Evangelho’, sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual. Outras exortações e encíclicas se seguiriam sobre a luz da fé, o amor na família, a santidade no mundo atual, os jovens, o cuidado da casa comum e a fraternidade. Sem esquecer as catequeses temáticas ao longo destes dez anos e inúmeras homilias, mensagens e cartas”, realça a CEP.
Os bispos portugueses associam-se à celebração deste “fecundo magistério, sempre em vista da renovação da Igreja, para que retome com vigor a sua essencial dimensão sinodal e missionária”.
“Rezamos pelo Papa Francisco, para que Deus continue a abençoá-lo com os seus dons e o fortaleça no serviço à comunhão e missão da Igreja”, conclui a mensagem.
Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, capital da Argentina, a 17 de dezembro de 1936; filho de emigrantes italianos, trabalhou como técnico químico antes de se decidir pelo sacerdócio, no seio da Companhia de Jesus, licenciando-se em filosofia e teologia.
Ordenado padre a 13 de dezembro de 1969, foi responsável pela formação dos novos jesuítas e depois provincial dos religiosos na Argentina (1973-1979).
João Paulo II nomeou-o bispo auxiliar de Buenos Aires em 1992 e foi ordenado bispo a 27 de junho desse ano, assumindo a liderança da diocese a 28 de fevereiro de 1998, após a morte do cardeal Antonio Quarracino.
O primaz da Argentina seria criado cardeal pelo Papa polaco a 21 de fevereiro de 2001, ano no qual foi relator da 10ª assembleia do Sínodo dos Bispos.
Tem como lema ‘Miserando atque eligendo’, frase que evoca uma passagem do Evangelho segundo São Mateus: “Olhou-o com misericórdia e escolheu-o”.
O cardeal Jorge Mario Bergoglio foi eleito como sucessor de Bento XVI a 13 de março de 2013, após a renúncia do agora Papa emérito, assumindo o inédito nome de Francisco; é também o primeiro Papa jesuíta na história da Igreja.
OC