O Pe. Eduardo Duque assumiu a responsabilidade da direcção do Departamento Arquidiocesano da Pastoral Universitária e Ensino Superior numa celebração, no passado domingo à noite, presidida pelo Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga. Para o novo director, em declarações ao Diário do Minho, o objectivo passa por propor que as pessoas e, concretamente, os estudantes vivam e se expressem como cristãos, nas circunstâncias quotidianas, de forma a que «a fé que professamos em Cristo seja juízo e critério de actuação». Eduardo Duque vai substituir Luís Marinho, que trabalhou durante cinco anos com os universitários de Braga e que já exerce a paroquialidade de Mire de Tibães. O jovem padre, que está a terminar o doutoramento em Sociologia na Universidade Complutense de Madrid, não prevê grandes alterações em relação às actividades a realizar no presente ano lectivo. Antes de mais, a eucaristia dominical, às 21h30 é para continuar. Este ano, será presidida por quatro sacerdotes que se revezarão sequencialmente: o padre Luís (jesuíta que trabalha com o Centro Académico de Braga), o padre Joaquim, do Verbo Divino (que trabalha com o pólo de Guimarães da Universidade do Minho), o padre Manuel António (comboniano que trabalha com a Lusíada de Famalicão) e o padre Eduardo (Coordenador Arquidiocesano da Pastoral Universitária). Com esta experiência de comunhão e de permuta, segundo Eduardo Duque, pretende- se que a comunidade seja enriquecida com diferentes sensibilidades religiosas e possa de uma forma sensível e palpável perceber a comunhão no seio da própria Igreja. Em termos de calendarização de actividades, o sacerdote propõe-se «dar continuidade a todas as actividades anteriores: Missa da Bênção do Caloiro, Via-Sacra, UPA e Bênção das Pastas». Um projecto de futuro do novo coordenador da Pastoral Universitária consistirá em que «em todas as Universidades e Institutos Superiores, situados no espaço geográfico da Arquidiocese, haja um grupo, constituído tanto por professores e alunos como por funcionários, que possa testemunhar a fé em todas as circunstâncias, sendo uma presença tangível de Cristo». Deste modo, a «pertença da Igreja deixará de ser algo intencional ou mesmo espiritual para passar a ser uma realidade determinante na própria existência», referiu. Arcebispo Braga pede «combate pela fé» O Arcebispo de Braga pediu aos universitários um «combate pela fé» face às forças antagónicas que a sociedade exerce em relação à Igreja e à fé. O pedido de D. Jorge Ortiga aconteceu, no passado domingo à noite, na Eucaristia que serviu para a tomada de posse do padre Eduardo Duque, substituindo o padre Luís Marinho, na direcção do Departamento Arquidiocesano da Pastoral Universitária e Ensino Superior, e que contou com a presença dos sacerdotes coordenadores dos centros universitários das cidades de Guimarães e Vila Nova de Famalicão. Na homilia, o Arcebispo chamou a atenção para a «evangelização da cultura», exortando a que se faça um trabalho sério com o objectivo de levar a fé à universidade, «o lugar onde se decide o presente e o futuro». Para o prelado, «a fé é a riqueza por excelência do ser humano» e, deste modo, também, «Jesus Cristo é e será a resposta ao drama da falta de sentido que muitos jovens experimentam». No entanto, D. Jorge Ortiga referiu que é necessário «combater o bom combate da fé» também no ambiente universitário, muitas vezes adverso, porque «nós aceitamos a diferença e a alteridade mas reconhecemos que temos um grande tesouro para partilhar». Para o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), «a pastoral universitária deve ser, cada vez mais, a presença da Igreja na Universidade». Nesse sentido, dando resposta a um sonho antigo – anunciou Arcebispo pede «combate pela fé» Eduardo Duque (à esquerda de D. Jorge Ortiga) quer unir a pastoral universitária –, «esperamos que durante este ano [lectivo] possamos criar o centro universitário religioso, no Campus de Gualtar». «Aguadamos que o terreno possa ser cedido pela reitoria a fim de iniciarmos este espaço de encontro daqueles que partilham a mesma fé em Cristo», revelou o Arcebispo aos universitários reunidos na igreja da Senhora-a-Branca. Manifestando uma profinda estima e comunhão com os universitários e com o mundo estudantil, D. Jorge Ortiga exortou os presentes a «deixar de lado a vergonha que afecta tantos cristãos e a partir para o combate da fé». «Seria mais fácil acomodarmo-nos, mas a fé em Cristo impele-nos a partir para a vida, testemunhando o que professamos», asseverou. Em jeito de projecção do novo ano, o Arcebispo considerou a importância da unidade dos vários centros da pastoral universitária arquidiocesana, mantendo a autonomia mas apostando na comunidade. De igual modo, pediu aos padres coordenadoers da pastoral universitária, na pessoa do padre Eduardo Duque, a necessária criatividade. «É necessário inventar e criar outras iniciativas pastorais que congreguem os universitários», disse. Para D. Jorge Ortiga, já é um grande passo a «comunhão de alguns centros universitários». Mas, acrescentou, convém que «todos juntos possamos criar uma pastoral universitária com sentido para o nosso tempo».