Missão País: «Mais do que uma transformação em Boliqueime, que haja uma transformação interior e do coração» – Margarida Espadaneira

Escola Superior de Enfermagem de Lisboa realizou segundo, de três anos, na paróquia algarvia

Foto: Folha do Domingo/Samuel Mendonça

Faro, 27 fev 2023 (Ecclesia) – A Escola Superior de Enfermagem de Lisboa (ESEL) regressou, pelo segundo ano, à Paróquia de Boliqueime (Diocese do Algarve) para a ‘Missão País’, entre 18 e 25 de fevereiro, com 58 voluntários, mais 16 voluntários do que em 2022.

“Mais do que uma transformação em Boliqueime, que haja uma transformação interior e do coração de cada um, através do amor e do testemunho que cada um dá de Jesus”, desejava Margarida Espadaneira, a chefe geral desta missão, no penúltimo dia em declarações ao jornal diocesano ‘Folha do Domingo’.

A Escola Superior de Enfermagem de Lisboa (ESEL) regressou ao segundo ano de missão à Paróquia algarvia de Boliqueime – 2022 a 2024 -, e Margarida Espanadeira explica que “muitos” estão a realizar esta experiência pela primeira vez, mas outros participam “há alguns anos”.

Esta semana de voluntariado centrou-se mais no trabalho com crianças e idosos na Santa Casa da Misericórdia, e no Centro Social e Comunitário Vale Silves, para além do apoio social, na recuperação da habitação de uma pessoa carenciada e nas visitas ao domicílio, um testemunho que os jovens levaram a “pessoas que estão mais sozinhas e que precisam de ajuda”.

Entre 18 e 25 de fevereiro, os missionários da ESEL e os alunos de outras faculdades do país, com um sacerdote, ficaram alojados na sede do Agrupamento do Corpo Nacional de Escutas, em frente à igreja matriz de Boliqueime.

Segundo a responsável, chefe geral com Pedro Duarte, vários elementos pertencem a movimentos católicos como os Jovens de Schoenstatt, as Equipas Jovens de Nossa Senhora, o Movimento ‘Comunhão e Libertação’, o Caminho Neocatecumenal ou o Movimento dos Convívios Fraternos.

“São essas realidades que também vão dando caminho a estas pessoas”, realçou Margarida Espadaneira, explicando que alguns jovens se “foram perdendo ou foram perdendo o amor à Igreja” e há também “ateus ou agnósticos” que sairão, certamente, com os “corações mudados”, mas o mais importante é que são “todos iguais, todos irmãos em Cristo”.

O padre Miguel Ângelo Ferreira, que acompanhou a ‘Missão País’ da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa, assinalou que os estudantes também vão à “busca de algum sentido para a vida que passa pelos outros”, ou “ficariam nas suas casas”, esta experiência encerra “aprofundamentos e pequenas transformações”.

“Há aqui algo que é íntimo, um aprofundamento que eles fazem de Deus e desta realidade a que Deus nos chama, a de nos amarmos; explicou o pároco de Pontével, Valada, Vale da Pedra e Lapa, na Diocese de Santarém, que é também o responsável pelo Pré-seminário, ao jornal ‘Folha do Domingo’.

A edição internacional da Jornada Mundial da Juventude deste ano, de 1 a 6 de agosto, em Lisboa, é uma dimensão que está presente nesta iniciativa universitária – “as jornadas marcam muito a ´Missão País’ e a ‘Missão País’ marca muito as jornadas” – e Margarida Espanadeira acrescenta ainda que a inter-relação entre os dois eventos tem permitido dar a conhecer aos missionários “o maior encontro de jovens com o Papa em Portugal”.

A Missão País 2023 tem por tema a frase do Evangelho “Alegra-te, Ele está contigo”, escolhida em sintonia com o tema da JMJ Lisboa 2023 (“Maria partiu apressadamente”), e assinala 20 anos de história nas universidades de Portugal.

CB

 

Missão País: «Mais do que uma semana, é o início de uma vida» (c/vídeo)

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Agência ECCLESIA

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