“Só a Providência sabe se poderei continuar a minha peregrinação pastoral nas vossas terras abençoadas”, escreveu comovido João Paulo II manifestou grande esperança no trabalho dos leigos católicos do Leste Europeu, recordando-lhes o testemunho de todos aqueles que viveram a situação dramática nos anos do comunismo, como ele próprio. Numa mensagem enviada ao I Congresso dos leigos católicos do Leste europeu, a decorrer em Kiev atá ao dia 12, o Papa referiu que “a herança dos regimes totalitários ateus, que deixaram vazio e feridas profundas, impõe ainda hoje aos países do Leste europeu um duro trabalho no processo de reconstrução religiosa, moral e cívica”. O congresso, organizado pelo Conselho Pontifício para os Leigos conta com delegações de 14 países da ex-URSS, membros de associações e movimentos eclesiais que actuam nesta área geográfica, representantes de organizações católicas que colaboram com as Igrejas do Leste europeu, e alguns membros e consultores do Dicastério vaticano. A todos eles João Paulo II destaca que “os leigos têm papel fundamental e insubstituível no árduo caminho que os Países do Leste europeu deverão percorrer para se reapropriarem da sua história e da sua dignidade cultural.” Fazendo alusão ao tema do Congresso: “Ser testemunhas de Cristo hoje”, e desvendando sinais encorajadores de uma nova primavera cristã, diz que “o pleno florescimento desta primavera dependerá da contribuição irrenunciável dos leigos, conscientes das exigências que emanam do seu baptismo, do ponto de vista pessoal e nas várias esferas do social-comunitário.” No final da mensagem o Papa mostra-se consciente da sua fragilidade física actual e, lembrando as visitas que fez a alguns países do Leste europeu, diz: “só a Providência sabe se poderei continuar a minha peregrinação pastoral nas vossas terras abençoadas”.
