Casos sinalizados no relatório da Comissão de Independente vão ter «tratamento adequado nas devidas instâncias canónicas e civis»
Guarda, 15 fev 2023 (Ecclesia) – A Diocese da Guarda afirmou em comunicado que os casos de abuso sexual na Igreja sinalizados no relatório da omissão Independente vão ter “tratamento adequados” nas “instâncias canónicas e civis” e que “o mal poderá prescrever”.
“A nível moral nunca o mal poderá prescrever”, afirma a Diocese da Guarda em comunicado sobre o relatório final da Comissão Independente para o estudo dos abusos sexuais de crianças na Igreja em Portugal, divulgado na última segunda-feira.
Todos os casos sinalizados terão sempre o tratamento adequado nas devidas instâncias canónicas e civis. E faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para que a verdade seja apurada e a justiça aplicada”.
A Diocese da Guarda agradece o “longo, apurado e doloroso trabalho levado a cabo pela Comissão Independente”, contando com o trabalho da Comissão Diocesana de Proteção de Menores e Vulneráveis para “ajudar a definir os caminhos necessários para a erradicação de todos os abusos”.
“Reafirmamos a vontade de tudo fazer para que situações destas não voltem a acontecer, procurando fomentar em todas as instituições da Igreja uma cultura de prevenção, cuidado e transparência, com “tolerância zero” para qualquer tipo de abusos”, acrescenta o documento.
O relatório da CI validou 512 testemunhos entre janeiro e outubro de 2022, projetando um número “mínimo” de 4815 vítimas, entre 1950 e o último ano.
Considerando os 512 testemunhos validados por esta Comissão, partilhamos a dor das vítimas que tiveram a coragem de romper o silêncio e de outras também envolvidas no mesmo drama. A todas e cada uma manifestamos a nossa solidariedade”
A Diocese da Guarda vai promover uma “formação dirigida a todos os agentes pastorais” com o objetivo de promover uma “cada vez maior prevenção”, seguindo as indicações do documento Proteção de menores e adultos vulneráveis – Diretrizes, aprovado a 13 de novembro de 2020, na Assembleia Plenária da CEP.
Entre as medidas adotadas, a Diocese afirma também a “disponibilidade continuada para escuta permanente de eventuais novos casos” e o “acompanhamento de vítimas identificadas em todas as dimensões do seu equilíbrio humano e pessoal – físico, afetivo, psicológico, espiritual”.
“Queremos assim, percorrer os trilhos que nos recomenda o Evangelho para cuidarmos devidamente uns dos outros e de forma especial dos mais fragilizados”, afirma o comunicado da Diocese da Guarda, disponibilizado na página da internet.
PR