A ecologia da paz passa por nós

A secção portuguesa da Pax Christi, Movimento Católico Internacional para a Paz, no seguimento da proposta de reflexão para a Quaresma de 2007, dedicou a Semana da Paz 2007, de 17 a 23 de Setembro, ao tema «Cuidar da Terra e uns dos outros: Ecologia, Paz e Estilos de Vida». Em declarações à Agência ECCLESIA Manuel Quintãos, Secretário Geral, realça que é fundamental ter um “estilo de vida que não esgote os recursos da Terra”. No dia 21 de Setembro, Dia Internacional da Paz,realizou-se um colóquio subordinado ao tema: Ecologia, Paz e Estilos de Vida. Participaram D. Januário Torgal Ferreira(Cuidar da Terra e uns dos outros: um dever ético), Manuela Silva (Repensar o estilo de vida e procurar alternativas) e Madalena e José Cardoso Ferreira (Estilos de vida alternativos – testemunhos). As “alterações climáticas” e o “aquecimento global leva-nos a pensar que é necessário cuidarmos uns dos outros” – frisou Manuel Quintãos. Neste momento critico da história da Terra, “não haverá paz se não existir solidariedade e desenvolvimento”. E avança “a nossa visão de ecologia está ligada à paz”. O combate ecológico está “relacionado com a ecologia humana”. À medida que o mundo se torna cada vez mais “interdependente e frágil, o futuro encerra, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas”. Perante estes dados “devemos reconhecer que, no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana, e uma só comunidade na Terra, com um destino comum” – disse o Secretário-Geral. Durante a semana realizou-se também um fórum on-line sobre esta questão. “Divulgar a paz através das novas tecnologias” – afirma Manuel Quintãos. Os padrões dominantes de produção e consumo estão a provocar a devastação dos ecossistemas, a redução drástica dos recursos, e uma explosiva extinção de espécies. “Quisemos que as pessoas reflectissem sobre estes temas emergentes” – sublinha. Muitas vezes, a sociedade contemporânea “não dá conta das situações caricatas que cometemos”. Ao falar da globalização, Manuel Quintãos realça que esta tem duas vertentes: “É maléfica e benéfica”. Os habitantes não podem pensar apenas no país onde vivem mas “no universo”. A protecção da beleza, diversidade e vitalidade da Terra é um dever sagrado.

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