Patriarca Ortodoxo de Moscovo lança acusações contra a Igreja Católica

O Patriarca ortodoxo de Moscovo, Alexis II, reafirmou que um encontro com Bento XVI só será possível depois de uma adequada preparação e quando a Santa Sé cumprir as exigências do Patriarcado, que passam por diminuir o trabalho missionário católico na Rússia e na Europa Oriental. Alexis II considera que os religiosos e clérigos católicos ainda mantêm “uma meta de proselitismo entre a população ortodoxa na Rússia”, segundo informa a agência Interfax. Por várias vezes, este responsável veio a público classificar presença da Igreja Católica nos territórios da antiga URSS como um obstáculo ao diálogo ecuménico. Acusando católicos e protestantes de proselitismo, Alexis II pretende que o Cristianismo na Rússia seja sinónimo exclusivo de Igreja Ortodoxa. A acusação de proselitismo aplica-se apenas a casos de conversão forçada ou recrutamento de fiéis através de fraude ou engano, o que não é o caso na Rússia de hoje, ao contrário do que era prática da Igreja Ortodoxa no regime de Estaline. A Igreja Católica foi proibida por este líder soviético em 1946 e saiu da clandestinidade apenas em 1990. Uma grande comunidade resistiu, em especial na Ucrânia, onde as relações com os ortodoxos são particularmente tensas. Alexis II exigiu ao Vaticano que faça “pressão” sobre os greco-católicos ucranianos para possibilitar o diálogo. O renascimento desta Igreja é considerada por Moscovo como uma “invasão” dos seus territórios.

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