Novos campos missionários

No século XXI, muitos leigos dão algum tempo da sua vida ao serviço da missão O século XXI abre “campos e perspectivas diversas nas Missões Ad Gentes” – disse à Agência ECCLESIA o Pe. Manuel Durães Barbosa, Director Nacional das Obras Missionárias Pontifícias (OMP), no âmbito das Jornadas Missionárias, a decorrer em Fátima, de 14 a 16 de Setembro. Actualmente, no campo missionário há uma abertura e atenção entre “o antigo, o novo e desconhecido”. E acrescenta: “pretendemos caminhar cada vez mais no aspecto inter-religioso”. O futuro das missões, cada vez mais compostas por leigos do que por sacerdotes, estão também em debate. “Há muitos leigos que dão algum tempo da sua vida ao serviço da missão” – refere o Pe. Durães Barbosa. A missão ganhou novos protagonistas porque há “falha e carência de vocações missionárias para toda a vida”. Segundo o director-nacional das OMP, com a diminuição das vocações missionárias surge o movimento do voluntariado. Dados da Fundação Evangelização e Culturas (FEC) mostram que este ano já partiram em missão 263 voluntários, sendo os principais destinos os países de língua portuguesa, nomeadamente Moçambique e Angola. De acordo com a FEC, Moçambique recebeu 109 voluntários e Angola 59, este ano. A maioria dos missionários voluntários são mulheres jovens, que partem para missões de curta duração, entre um a dois meses. Organizadas pela Comissão Episcopal de Missões e pelas Obras Missionárias Pontifícias, as jornadas reúnem até amanhã cerca de 500 pessoas entre padres, bispos, missionários e jovens. Com o tema «O futuro da missão “Ad gentes” – perspectivas para o século XXI», as Jornadas Missionárias Nacionais vão servir para reflectir sobre as «novas exigências de uma missão», disse o Pe. Manuel Durães Barbosa. «Hoje em dia há uma perspectiva de mudança quer nos países, quer no conteúdo da própria missão», salientou o sacerdote, adiantando que, actualmente, “um missionário tem que ser completamente aberto de espírito”. De acordo com o mesmo responsável, as vivências e o ambiente é diferente em cada país, sendo por isso necessário que o missionário conheça e estude o país da missão antes de partir. Bento XVI tem incentivando as experiências de “comunhão e fraternidade”. Na perspectiva dos Papas, quando se inicia um século, “há sinais de nova esperança e de um novo caminhar”. A missão sofreu evoluções na sua terminologia. “Hoje, a missão é mais entendida não como deslocação para África ou Ásia mas como fraternidade de comunhão entre todas as Igrejas” – concluiu o Pe. Durães Barbosa. Notícias relacionadas • «Pobre Missão esquecida»

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