Jornadas Luso-Galaicas de Turismo Religioso

A ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, encabeça a lista de personalidades ligadas ao turismo para a sessão de abertura das III Jornadas Luso-Galaicas de Turismo Religioso, marcadas para os dias 4 e 5 de Outubro, no Palácio Vila Flor, em Guimarães. Organizadas pela Turel – Turismo Cultural e Religioso, a iniciativa volta a reunir, empresas, agências de viagens, investigadores, entre outras instituições, visando, além da promoção e desenvolvimento do turismo, a partilha de saberes e experiências nesta área. Depois da cidade de Braga, em 2005, Casa das Artes, em Famalicão, agora é a vez do Palácio Vila Flor em Guimarães, «que está na moda», acolher as Jornadas Luso-Galaicas de Turismo Religioso, um dos mais importantes espaços de debate sobre o turismo religioso na região. Ontem, em conferência de imprensa, António Magalhães, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Américo Rodrigues, vice-presidente da Turel, e o juiz da Irmandade da Penha, Noé Dinis, apresentaram o programa, os objectivos e as expectativas sobre as jornadas, perspectivando um debate proveitoso para todas as partes envolvidas neste projecto. Américo Rodrigues explicou que as III Jornadas «pretendem transformar-se num local de partilha de saberes, experiências e ideias, onde os participantes possam delinear estratégias de utilização do património cultural e religioso na promoção turística». De acordo com a organização, os objectivos da iniciativa são reflectir sobre a história, o património e o turismo; analisar a relação entre as cidades, a cultura e o turismo; compreender a importância de uma Capital Europeia da Cultura para o turismo, debater a sustentabilidade e a natureza envolvente dos santuários; analisar o turismo cultural e religioso como actividade sustentável em Portugal; e ainda o turismo cultural e religioso como uma mais valia para os profissionais de informação turística. Entre os temas em debate, destaque para “Guimarães: história, património e turismo”; “Cidades, cultura e turismo”, “Santuários, natureza e turismo”, e um caso de estudo, “Guimarães Património da Humanidade”. As jornadas destinam-se a profissionais da área de turismo, guias interpretes, docentes e investigadores universitários, estudantes do sector, empresários ligados ao turismo, operadores turísticos, agências de viagens e associações culturais e religiosas. Importante estrutura de turismo em Guimarães? A Câmara de Guimarães vai investir mais de seis mil euros [6.290 euros] nas jornadas Luso- Galaicas de Turismo, além da cedência das instalações do Centro Cultural Vila Flor. António Magalhães justifica a «envolvência generosa» da autarquia na iniciativa pela importância e dimensão que estas jornadas têm para o turismo local. «Há uma lógica de intervenção que nos permite valorizar a importância do turismo entre nós. Sabemos que, além do turismo voltado para o património edificado, há um conjunto de outras valências de complementaridade que não podem ser esquecidas». O facto da Turel integrar a Galiza nestas jornadas é um dos aspectos que contribuíram para que a Câmara envolvesse tanto. António Magalhães lembrou que os indicadores turísticos ao longo dos anos mostram que o mercado galego é fundamental e que os turistas galegos continuam a ser a maioria. Recordou as palavras do presidente da Junta da Galiza, segundo as quais não há galegos que não conheçam Guimarães. Até porque, acrescenta, são muitos factores que contribuem para essa quantidade de turistas galegos: a paisagem, o conceito religioso, a proximidade, a gastronomia e a mentalidade são alguns dos aspectos comuns entre o Norte de Portugal e a Galiza. E quando chegam à cidade Património da Humanidade, poucos são aqueles que não entram na igreja da Senhora da Oliveira, na igreja de São Francisco ou não vá até ao Santuário da Penha, entre outros locais. O presidente da autarquia entende que Guimarães «está na moda» e é cada vez mais procurado para as mais variadas realizações, pelo que há que aproveitar todas as oportunidades para cativar mais turistas para o concelho. António Magalhães considera que a autarquia tem estado à altura das responsabilidades, «como é publicamente reconhecido» e tudo indica que Guimarães terá, brevemente, uma nova estrutura ligada ao turismo. O autarca apenas levantou o véu e deu a entender que a Câmara está a ponderar uma resposta positiva. «O Governo quer dar-nos mais alguma responsabilidade nesta matéria do turismo. Estamos a pensar e a ponderar o que se pode fazer. E se esta responsabilidade vier, saberemos encará-la numa lógica de renovação de conceitos do turismo, para que Guimarães seja ainda mais atractivo». Instado a esclarecer um pouco mais, o edil preferiu ser prudente, porque a ideia foi formalizada, há quase dois meses mas pode falhar», disse, prometendo anunciar a novidade com a pompa e a circunstância que o projecto merece, caso se concretize.

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