Mensagem para o Dia Mundial 2023 aborda percurso sinodal em curso
Cidade do Vaticano, 22 out 2023 (Ecclesia) – O Papa apelo na sua mensagem para o Dia Mundial das Missões, que se celebra hoje, a uma “Igreja sempre em saída”, ao encontro de uma humanidade “ferida”.
“Hoje, mais do que nunca, a humanidade, ferida por tantas injustiças, divisões e guerras, precisa da Boa Nova da paz e da salvação em Cristo”, escreve Francisco.
A mensagem tem como tema ‘Corações ardentes, pés ao caminho’, inspirado numa passagem do Evangelho de São Lucas (cf. Lc 24, 13-15) que relata o encontro de Jesus, após a ressurreição, com os discípulos de Emaús.
O Papa liga esta celebração ao percurso sinodal que a Igreja Católica está a viver, de 2021 a 2024, com “as palavras-chave comunhão, participação, missão”, pedindo uma “cooperação missionária, cada vez mais estreita, de todos os seus membros a todos os níveis”.
“Seguramente, tal percurso não é um fechar-se da Igreja sobre si mesma; não é um processo de sondagem popular para decidir, como num parlamento, o que é preciso, ou não, acreditar e praticar segundo as preferências humanas”, sustentou.
Francisco manifesta a sua proximidade a todos os missionários e missionárias do mundo, “especialmente àqueles que atravessam um momento difícil”.
“Caríssimos, o Senhor ressuscitado está sempre convosco e vê a vossa generosidade e os vossos sacrifícios em prol da missão evangelizadora em lugares distantes”, refere.
O Senhor ressuscitado está próximo dos seus discípulos missionários e caminha a par deles, sobretudo quando se sentem frustrados, desanimados, temerosos perante o mistério da iniquidade que os rodeia e quer sufocá-los”.
A mensagem destaca a importância de conhecer a Bíblia para a vida do cristão e, “mais ainda, para o anúncio de Cristo e do seu Evangelho”.
“Deixemo-nos sempre acompanhar pelo Senhor ressuscitado que nos explica o sentido das Escrituras. Deixemos que Ele faça arder o nosso coração, nos ilumine e transforme, para podermos anunciar ao mundo o seu mistério de salvação com a força e a sabedoria que vêm do seu Espírito”, recomenda.
A partir do relato do Evangelho segundo São Lucas, Francisco aponta a fração do pão como “elemento decisivo” para o ser discípulo.
“Se o simples repartir o pão material com os famintos em nome de Cristo já é um ato cristão missionário, quanto mais o será o repartir o Pão eucarístico, que é o próprio Cristo? Trata-se da ação missionária por excelência, porque a Eucaristia é fonte e ápice da vida e missão da Igreja”, precisa.
O Papa conclui o texto com um apelo.
“Todos podem contribuir para este movimento missionário: com a oração e a ação, com ofertas de dinheiro e de sofrimento, com o próprio testemunho”, assinala.
OC