Abadia cisterciense recebeu Bento XVI

No último dia da viagem pastoral à Áustria, Bento XVI visitou esta tarde a abadia cisterciense activa há mais tempo, sem interrupção, na Europa. Num encontro com 80 monges, o Papa sublinhou a importância que, actualmente, os mosteiros têm para o mundo. A abadia de Heiligenkreuz viveu um dos momentos mais marcantes da sua longa história, assinalada a rigor pela presença de quase 15 mil pessoas. Para Bento XVI, foi a oportunidade de reflectir sobre a importância da oração, da liturgia e da teologia, a partir da regra Beneditina, “Ora et labora” (Reza e trabalha). O Papa colocou em evidência que, para os monges, a oração é o verdadeiro centro da sua missão: uma oração que não tem um fim específico, que não quer pedir “isto ou aquilo”, mas é simplesmente “adoração”. Bento reflectiu sobre a relação entre Deus e o ser humano, assegurando que não fomos “abandonados num deserto de nada, desprovido de sentido, em que, de forma definitiva, nos esperasse apenas a morte”. “Deus iluminou as nossas trevas com a sua luz, fomos procurados e desejados, encontrados e redimidos”, assinalou. Neste contexto, o Papa pediu respeito pela “essência” da liturgia – “expressão da beleza de Deus, amigo dos homens” – e convidou a considerar as abadias e mosteiros como “lugares de força espiritual” e não só “lugares de cultura ou tradição”. Bento XVI alertou ainda que “quando a Teologia tem a obsessão de ser reconhecida como uma actividade científica rigorosa, pode perder o sentido da fé”. Foto: LUSA

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