O Arcebispo de Évora, D. Maurílio Quintal de Gouveia, preside hoje à solenidade do “Senhor dos Milagres” O Arcebispo de Évora, D. Maurílio Quintal de Gouveia, preside hoje à solenidade do “Senhor dos Milagres”. A tradição conta já duzentos anos e tem por base a aluvião de 9 de Outubro de 1803. O trágico acontecimento, que assolou principalmente a zona sul da Madeira, arrastou para o mar pessoas, bens e a imagem de Cristo, pertença da capela dedicada a Cristo Crucificado, construída pelos descobridores portugueses no século XV. Com a aluvião, pouco restou da capela primitiva; mas a imagem do “Senhor dos Milagres” foi recolhida três dias depois por uma “galera americana” que a entregou na Sé do Funchal, onde se manteve até 1813, ano em que regressou a Machico, para continuar uma vivência religiosa única em toda a Diocese. O bicentenário deste acontecimento religioso está a ser assinalado, desde há uma semana, pela comunidade paroquial de Machico com várias iniciativas, sendo de destacar a procissão de ontem à noite, à luz de archotes, entre a capela do Senhor dos Milagres e a igreja matriz, presidida por D. Teodoro de Faria. Hoje, 9 de Outubro, a solenidade está marcada para as 15 horas, sob a presidência do Arcebispo de Évora, D. Maurílio Gouveia. De salientar ainda que esta festa religiosa do concelho de Machico foi antecedida por um tríduo preparatório, desde o passado dia 5, orientado pelo Bispo emérito de Setúbal, D. Manuel Martins.
