Apesar de reconhecer de existem excepções, D. Manuel Madureira Dias, bispo do Algarve referiu à Agência ECCLESIA que as “famílias não estão muito atentas à Terceira Idade, aos idosos”. Situações que estão relacionadas “com a falta de vontade de os ter junto de si” o que, na opinião do prelado, “é uma falha, não apenas de ordem social mas com raízes de maior profundidade”. Se por um lado as famílias “não têm condições” para ter os idosos por outro “vão aumentando as instituições sociais de apoio à Terceira Idade”. Obras que merecem um reparo de D. Manuel Madureira Dias: “temos as que são boas e as menos boas. As que são caras e as menos caras”. Neste aspecto, a Igreja tem “valorizado as instituições de solidariedade social” ao contrário de outros organismos que “visam o lucro”. A Igreja é motivada por um mandamento e um evangelho “que não lhe dá autorização para fazer de outro modo” – frisou. No último Verão, a diocese algarvia foi assolada com vários incêndios. Problemas que afectaram muitas aldeias e que, segundo o bispo do Algarve, “corre-se o risco de ficarmos cada vez mais desertos”. A zona de Monchique, que foi muito afectada pelo fogo, é “uma terra em acentuada desertificação” e pode “correr o risco de muitos habitantes não regressarem”. Para minorar os problemas, a Cáritas diocesana está a trabalhar afincadamente apesar de reconhecer “que são gotas de água no oceano”.
