Futebol como escola de valores

Pe. António Pereira dirige Desportivo de Fátima, um clube que quer ser fiel à importância da «marca» O Centro Desportivo de Fátima (CDF) estreou-se a ganhar na Liga de Honra. Ontem defrontou o Trofense e venceu por duas bolas a zero, marcando assim um início auspicioso de época. Desde 2002 que o Pe. António Martins Pereira assume a presidência do clube. A sua ligação ao mundo do futebol chegou cedo. Em criança deu os primeiros chutos na bola, que não foram esquecidos no Seminário Menor e Maior. Mais tarde, já sacerdote manteve estreita a sua ligação com a bola. O desporto é uma “escola de valores, quando bem dirigido, promove um contacto em permanência com a juventude que anda mais afastada da Igreja”, admite em declarações à Agência ECCLESIA. Em Fátima o pároco de Abrã e Amiais de Baixo, no concelho de Santarém, sempre esteve muito próximo do clube, ajudando também na sua constituição. Já com uma longa história, foi em 1966 que o Centro Desportivo de Fátima ficou federado. Actualmente o clube dedica-se exclusivamente ao futebol: “É já um peso grande para uma direcção movimentar várias equipas e jovens”. Em 2002 o Pe. António Pereira foi solicitado para assumir a direcção, apesar de antes já fazer parte dos corpos dirigentes. Apesar do esforço o sacerdote assume que “o futebol tem-me dado mais do que eu tenho dado ao futebol”, garante. Muitos caminhos se têm aberto, entrar em contacto com pessoas e meios “muitas vezes fechados à Igreja”. O Santuário de Fátima é um dos apoiantes do clube. “Recebemos alguns donativos e o próprio reitor aprecia o facto de tantas crianças se manterem ligadas ao desporto”. O próprio Santuário está ligado à crianças “e o desporto é um meio de ajudar a crescer e uma forma privilegiada de evangelização”, sublinha. Prova disso mesmo e do contacto próximo que vai mantendo com as pessoas, é o aumento de participação nas actividades que preside enquanto sacerdote. Nas suas paróquias Abrã e Amiais de Baixo, “onde as pessoas são pouco praticantes cria-se uma relação de amizade”, sendo uma forma de passar “a mensagem fora da Igreja”, aponta. Duas realidades com espaço próprio que pedem “um respeito pelo nome de Fátima, uma mensagem a transmitir e que passa pelo respeito, desportivismo e pelas boas maneiras no desporto”, sublinha. Requisito comum a qualquer desporto e localidade.

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