As obras que estão a decorrer há cerca de 11 meses no Centro Apostólico do Sameiro deverão estar concluídas antes do Inverno. O grande objectivo era inaugurar o edifício totalmente renovado na Peregrinação de 19 de Agosto, mas a falta de alguns materiais no mercado e a falta de mão-de-obra obrigaram a adiar a abertura do Centro Apostólico, que irá também ser uma Albergaria, para data ainda a determinar. Segundo o presidente da Confraria de Nossa Senhora do Sameiro, esta é, neste momento, a grande obra que está a ser realizada na envolvente do Santuário e que passará a possuir duas denominações, ou seja, Albergaria de Nossa Senhora do Sameiro e Centro Apostólico do Sameiro. «Não perde o ser Centro Apostólico e ganha ser Albergaria», disse Mons. Eduardo de Melo Peixoto. A realização destas obras, explica, representa um esforço financeiro «muito grande» por parte da Confraria, num momento económico que não é favorável e em que as famílias estão a ser severamente atingidas. «Todavia, as obras de Deus têm que andar e o Centro Apostólico estava degradado», afirma. O sacerdote lembra que, depois de quase meio século ao serviço da comunidade, as canalizações, a instalação eléctrica e o saneamento já estavam com graves problemas e os quartos não escondiam os anos de utilização. «Portanto, pensámos que não podíamos deixar cair a casa. Seríamos bárbaros. Entendemos fazer as obras que estão a ser feitas. E, nós iremos, pouco a pouco, resolver o problema financeiro. Certamente temos que recorrer a empréstimos porque não podemos ficar a dever aos empreiteiros », afirmou. Segundo explicou, a casa vai ficar completamente restaurada, com muitas salas para reuniões, quartos devidamente equipados, com televisão, mobiliário novo, aquecimento e ar condicionado, entre outros pormenores, mantendo as capelas que já possuía. Por outro lado, as obras permitiram instalar três elevadores, escadas de serviço, rebaixamento dos tectos e embelezamento dos corredores. Um ponto salientado pelo presidente da Confraria de Nossa Senhora do Sameiro é que a Albergaria vai continuar de portas abertas às obras apostólicas. «Não vai haver os pobres e os ricos. A casa vai ser usufruída por todos. Embora, os que não forem das obras apostólicas terão um pagamento diferente», realçou. Um projecto para concretizar no futuro, e que está neste momento a ser estudado, é a construção de um auditório acoplado ao Centro Apostólico do Sameiro, com capacidade para 450 pessoas. «E, isto leva também ao aumento do espaço da casa de jantar. Portanto, nós poderemos prestar serviços às pessoas em congressos, em trabalhos e, ao mesmo tempo, dar-lhes um lugar para a refeição. Isto é um serviço que se presta à sociedade», salientou. Em conclusão, Mons. Eduardo Melo Peixoto garante que no recinto do Santuário de Nossa Senhora do Sameiro vai nascer uma das melhores Albergarias do país. «Estou certo que, atendendo ao espaço onde está implantado, atendendo a toda a envolvência, esta será uma casa extraordinária », sustentou.