Não há humanismo sem Deus

Papa deixa alertas na audiência geral dedicada à figura de Gregório de Nazianzo, um dos maiores teólogos da história Bento XVI defendeu que “sem Deus não há verdadeiro humanismo”, exortando os homens e mulheres de hoje a procurarem o “rosto de Deus” e reconhecerem o seu primado. “Sem Deus o homem perde a sua grandeza”, alertou. O Papa falava no Vaticano, durante a audiência geral desta semana, que foi dedicada à figura de São Gregório de Nazianzo (330-c.390), um dos maiores teólogos da história da Igreja. Gregório nasceu em 330, perto de Nazianzo, e deslocou-se a várias terras por razões de estudo. Seguiu o seu amigo São Basílio na vida eremítica, mas foi depois ordenado presbítero e bispo. No ano 381 foi eleito bispo de Constantinopla, mas devido a divisões existentes naquela Igreja, retirou-se para Nazianzo, onde morreu no dia 25 de Janeiro do ano 389 ou 390. Pela profundidade da sua doutrina e a sua eloquência foi denominado “o teólogo”. Atendendo ao percurso singular deste Padre da Igreja, o Papa disse aos peregrinos reunidos na sala Paulo VI que São Gregório fez “um caminho exemplar de cristão sofredor, de homem de grande interioridade num mundo cheio de conflitos”. Na sua reflexão, o Papa lembrou ainda que a Teologia “não é uma reflexão puramente humana, mas nasce de uma vida de oração e santidade, de diálogo assíduo com Deus”. “No silêncio contemplativo, entretecido de espanto perante as maravilhas do mistério revelado, a alma descobre a beleza e a glória divina”, disse. Bento XVI falou das figuras de São Domingos e de Edith Stein, por ocasião da celebração das suas festas litúrgicas, apelando à “confiança em Cristo”. Não faltou neste encontro a habitual saudação em português: “Ao recordar hoje a figura do Bispo São Gregório de Nazianzo, célebre doutor e teólogo da Igreja pela segurança de doutrina e dotes humanos, recolhemos dos seus ensinamentos fé profunda e uma vida de piedade fruto de um diálogo assíduo com Deus”. “Saúdo com afecto e simpatia os peregrinos de língua portuguesa, especialmente os que aqui se encontram provindos do Brasil e de Portugal, e invoco do Altíssimo abundantes dons que sirvam de estímulo para a sua vida cristã, ao conceder benevolamente minha Bênção Apostólica”, concluiu o Papa.

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