O arcebispo Michael K. Francis, titular de Monróvia, lamentou publicamente que os soldados dos EUA tenham abandonado a Libéria sem que o conflito no país estivesse resolvido. “Embora os EUA tenham deixado a Libéria, o conflito, a crise humanitária e o terror permanecem ainda aqui. É lamentável que eles tenham retirado as suas tropas precisamente neste momento crítico de transição”, revelou à Radio Vaticano Depois da devastação provocada por 14 anos de guerra civil, a emergência não acabou. “Esta semana, enquanto as Nações Unidas assumiram as responsabilidades das operações de manutenção da paz, explodiram novos combates na periferia da capital”, descreve o arcebispo. Não obstante os esforços do contingente de paz, enviado pela Comunidade Económica da África Ocidental (CEDEAO), quase três quartos do país continua inacessível às ajudas humanitárias, por causa dos combates e da instabilidade. O arcebispo de Monróvia exorta Washington a não lavar as mãos: “Mesmo sem fornecer assistência militar, os EUA deveriam garantir intervenções imediatas de assistência à Libéria e ajuda à reconstrução, inclusive ao desarmamento, a desmobilização e a reintegração dos rebeldes na sociedade”.
