O Patriarca de Veneza, Cardeal Angelo Scola, reafirmou a necessidade de dialogar com os intelectuais muçulmanos, porque os mesmos “dão contribuições positivas”, mas sublnhou que não se deve pensar que exista “um Islão moderado oposto ao denominado Islão radical”. Em entrevista ao jornal italiano “Corriere della Sera”, o Cardeal – conhecido pelas suas iniciativas de diálogo com o mundo islâmico – explicou que “com frequência” o Islão moderado é identificado com “certas figuras intelectuais que possivelmente passaram muitíssimo tempo no Ocidente e que muitas vezes não são já sentidos como pertencentes ao seu mundo pelos próprios muçulmanos. Durante a entrevista, o Cardeal mostrou-se convencido da existência de “um Islão do povo, que vive as instâncias elementares de todo homem, comuns a todos nós: como vivemos os afectos, o trabalho (…), como vivemos a relação com Deus”. “Sobre estas bases –explicou-, cristãos e muçulmanos podem entrar pacientemente em relação. Conhecendo-se, interrogando-se, escutando-se. Para o Islão, a única via para superar o radicalismo é uma modernização que se integre na sua fisionomia religiosa e isso é um processo de que durará anos”. Na semana passado, o secretário pessoal de Bento XVI lançou uma advertência sobre a expansão do islamismo no Ocidente, em entrevista publicada pela revista alemã Süddeutsche Zeitung. “Não podemos negar as tentativas do Islamismo de se estender pelo Ocidente e não deveríamos ser compreensivos ao ponto de não ver que isso ameaça a identidade da Europa”, declarou Georg Gaenswein. Redacção/ACI