Papa promove alterações na Cúria Romana

O cardeal americano James Francis Stafford, de 71 anos de idade, foi nomeado por João Paulo II novo penitenciário maior da Igreja Católica, segundo anunciou este sábado a Sala de Imprensa da Santa Sé. D. Satfford substitui no cargo o arcebispo italiano Luigi De Magistris, de 77 anos, que tinha apresentado ao Papa sua renúncia ao cargo por motivos de idade. O cardeal Stafford, nascido em Baltimore em 26 de julho de 1932, ficou mundialmente conhecido por ser arcebispo de Denver, quando esta cidade acolheu em 1993 a Jornada Mundial da Juventude. Em 1996, João Paulo II chamou-o a Roma para ser presidente do Conselho Pontifício para os Leigos. Com a nomeação do cardeal Stafford começa uma nova série de esperadas mudanças na Cúria romana, a serem anunciadas nas próximas semanas. Entre outros, espera-se uma nova nomeação para o arcebispo francês Jean-Louis Tauran, secretário vaticano para as relações com os Estados, que ao ser criado cardeal no próximo 21 de outubro será promovido a um novo cargo O Tribunal da Penitenciaria tem competência sobre as questões de consciência («foro íntimo»), em particular àquelas ligadas ao sacramento da Reconciliação e à concessão das indulgências. Entre as competências da Penitenciaria Apostólica encontra-se a de auxiliar a formação dos confessores para a administração do Sacramento no qual os crentes recebem o perdão de Deus. A Santa Sé anunciou também a nomeação do arcebispo polaco Stanislaw Rylko como novo presidente do Conselho Pontifício para os Leigos, do qual era até agora secretário, em substituição do cardeal Stafford. O prelado de 58 anos, amigo pessoal e colaborador do Papa há décadas, dedicou os seus estudos teológicos a aprofundar sobre o papel dos leigos na Igreja, colaborando deste modo na aplicação do Concílio Vaticano II no seu país natal. Na Cúria romana é também consultor da Congregação para a Doutrina da Fé, membro do Conselho Pontifício para a Família, do Conselho para os Migrantes e Itinerantes e também da Comissão Pontifícia para a América Latina. O Conselho Pontifício para os Leigos, criado por Paulo VI de maneira experimental em 1967 e de maneira definitiva em 1976, tem competência no que se refere «ao apostolado dos leigos, ou seja, sua participação na vida e missão da Igreja, seja enquanto membros de associações de apostolado, seja como fiéis particulares». Ainda neste sábado, João Paulo II nomeou o arcebispo mexicano Luis Robles Díaz, até agora núncio apostólico em Cuba, vice-presidente da Comissão Pontifícia para América Latina. A Comissão Pontifícia para América Latina tem por objectivo «aconselhar e ajudar as Igrejas particulares na América Latina». João Paulo II previu, também, que a esta comissão «corresponde favorecer as relações entre as instituições eclesiásticas internacionais e nacionais que trabalham em favor das regiões da América Latina e os Dicastérios da Cúria Romana».

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