O cardeal Stanislaw Dziwisz, actual arcebispo de Cracóvia que durante muitos anos foi secretario pessoal de João Paulo II, recebeu o «Prémio Roma» pelo seu livro «Uma vida com Karol». O livro, fruto de uma conversa com o jornalista Gian Franco Svidercoschi, antigo subdirector do «L’Osservatore Romano», é o testemunho do homem que durante quarenta anos acompanhou Karol Wojtyla como sua sombra. A obra percorre as etapas mais significativas de sua vida: desde o serviço pastoral como jovem bispo até a eleição como pontífice em 1978; do apoio ao Solidarnosc até ao atentado do qual foi vítima em 1981; da histórica Jornada de Oração pela Paz ao Jubileu de 2000. A atribuição do prémio, na categoria de ensaio estrangeiro, deve-se ao facto do livro do Cardeal Dziwisz ser “um ensaio histórico, capaz, como poucos de nos levar à vitória de improváveis esperanças sobre a crua realidade do contraste entre liberdade e ditadura, e, a nível cultural entre humanismo cristão e materialismo histórico”. “Estou profundamente convencido de que o júri queria dar este prémio ao titular do livro que se chama Karol, para muitos Karol, o Grande, para mim, padre Karol ou S.Karol», disse o Cardeal durante a cerimónia. “Não foi fácil escrever este livro, por diversos motivos, mas o povo impulsionou-me fortemente, para que não se esqueça de uma pessoa que era e é amada e que não quer ser esquecida”, acrescentou, dedicando este livro “às pessoas por todo o mundo, sobretudo em Roma e ema Itália, que o amaram, amam e querem amá-lo”. O Cardeal Dziwisz anunciou que vai destinar o dinheiro do prémio ao Centro João II “Não tenhais medo”, que ele criou em Cracóvia, cuja pedra fundamental foi abençoada por Bento XVI em 27 de Maio de 2006 e que vai servir não só para manter viva a memória do Papa polaco mas também como ponto de referência para o estudo, o intercâmbio de ideias e iniciativas ligadas ao cinema e ao teatro. Com Zenit