Ouvir, discernir e caminhar com as paróquias

No colóquio Europeu de Paróquias reflectiu-se sobre «Habitar cristãmente o nosso tempo» «Habitar cristãmente o nosso tempo» requer das realidades eclesiais, e em primeiro lugar das paróquias, mas também das pessoas e dos grupos as três posturas seguintes: Ouvir, Discernir e Caminhar. Ao longo dos quatro dias (9 a 12 de Julho) os participantes do Colóquio Europeu de Paróquias – realizado no Porto – reflectiram sobre esta temática porque os cristãos têm que “aprender a contornar as curvas e levar as propostas do Evangelho a outras paragens” – afirmou à Agência ECCLESIA o Pe. José Manuel Pereira, Delegado Nacional dos Colóquios Europeus de Paróquias. Será que o colóquio foi um laboratório? “Esta é a nossa convicção enquanto «peritos», na tarefa que nos foi atribuída de acompanhar a reflexão dos participantes no vai-e-vem entre as propostas dos intervenientes e as trocas de opinião nos grupos de trabalho. Pensamos com efeito que o nosso colóquio foi um belo exemplo duma Igreja que «habita o nosso tempo», na procura do «mundo que Deus ama». O Colóquio mostrou “as dificuldades, os limites, mas também as energias e os recursos que são os nossos na caminhada com os nossos irmãos e irmãs na humanidade” – realçam as conclusões do Colóquio Europeu de Paróquias Foi esta dinâmica “de «habitação» que conseguimos descobrir melhor no Colóquio” – disseram. Com cerca de 200 participantes – duas dezenas eram portugueses e os restantes do estrangeiro (17 países) – os presentes esclareceram que a questão da mobilidade humana nem sempre “nos agarra ao espaço geográfico onde habitamos”, mas existe uma referência que é a paróquia. Esta deverá ser “sempre missionária” e “deverá levar sempre o Evangelho” – disse o Pe. José Manuel. Apesar do Evangelho ter como destino todos os homens, “existem entraves” no habitar cristãmente. A cultura actual “caracteriza-se pela forte mobilidade e é muito secularizada”. Neste contexto, “a opinião da Igreja é mais no meio de tantas outras” – lamentou o Pe. José Manuel. E acrescenta: “O homem de hoje não tem o ouvido muito propício para atender à Palavra de Deus”. As conclusões referem também que “aprendemos, em primeiro lugar, a falar em «nós». Estamos de facto habituados a discursos que começam por «Nós». Quando se trata da Igreja, como do mundo, falar de «eu» ou «vós» sugere que falamos em termos de separação ou de distanciamento. Ora, nesta matéria, não há lugar para elaborar discursos que edifiquem separações, como se estivéssemos «de fora» do mundo e da Igreja”. Notícias relacionadas • Conclusões do Colóquio Europeu de paróquias

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