Bispo das Forças Armadas e de Segurança evocou militares e elementos da Força Aérea falecidos mas que deixam testemunho de «coragem e serviço»
Lisboa, 02 nov 2022 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e de Segurança lembrou hoje os militares e elementos da Força Aérea já falecidos, de quem enalteceu a “coragem” e a “serviço” para dispor da “própria vida”.
“Os Militares e civis da Força Aérea que recordamos e homenageamos confiaram ao mesmo tempo que testemunhavam essa confiança através do serviço e da coragem. E toda a vida de um Militar é um eco da transcendência, porque nos transporta para além do presente e até para além de nós próprios. No ato de servir, encontramos uma bravura que condensa, simultaneamente, passado, presente e futuro; do passado, guarda as hesitações, os atropelos e as angústias; o presente emana vontade de construir, mas também algumas incertezas; e o futuro, o futuro apela à convicção do êxito”, afirmou D. Rui Valério, durante a celebração a que presidiu na igreja da Força Aérea.
Na homilia enviada à Agência ECCLESIA o responsável recordou que a farda militar, “durante um tempo”, significou “morrer para si próprio, para ser totalmente por Portugal e pelos portugueses”, uma disponibilidade exemplificativa da “força transbordante da vida” que os militares vivem com “bravura, heroísmo e dedicação”.
“Em ninguém, como no militar, se encontra disponibilidade para, perante a emergência da Pátria, se dispor à perda da própria vida; a viver num despojamento total de si; numa abnegação absoluta”, sublinhou.
Evocar a memória dos que partiram, assinalou o bispo das Forças Armadas, é uma forma de “permanecer na sua comunhão, lembrar a “grandeza dos seus vultos” e a “bravura dos seus atos”, recordar os que se ausentaram, “reescutar os que mergulharam no absoluto silêncio”, “lembrar os que se tornaram invisíveis, permanecendo vivos no património dos valores que não conhecem crepúsculo”.
“Naqueles de ontem, como nos de hoje, pela disponibilidade com que serviram o País, contemplamos a sua capacidade de dar tudo de si, porque servir a Pátria é um ato de abnegação, de coragem, mas também de fé. E, na força da abnegada dedicação e da confiança construíram um País, mas, sobretudo, dotaram-no de uma emanação que faz com que Portugal nunca duvide da verdade de que jamais perecerá como Nação”, assegurou.
D. Rui Valério quis agradecer os gestos praticados pelos militares falecidos afirmando que tendo ficado no “decurso da temporalidade”, transformaram-se em “verdadeiros monumentos à vida Eterna”.
LS