Congo: novos sinais de hostilidades

O Arcebispo de Bukavu aponta “um novo e real perigo de guerra civil, numa área já martirizada pelo longo e sangrento confronto mundial africano que causou, no silêncio geral, cinco milhões de vítimas”. Este alarme é lançado por D. Francois-Xavier Maroy, Arcebispo de Bukavu, a leste da República Democrática do Congo. Já há um mês atrás, o Arcebispo manifestou-se para sinalizar os riscos de um novo conflito. Segundo o Arcebispo de Bukavu, as vilas e as cidades do Kivu do Sul são dominadas por uma psicose de guerra e enquanto se verificam todos os elementos para um novo conflito, a comunidade internacional é chamada a um compromisso real e a intervenções concretas e urgentes. Entre os sinais inquietantes, o mais alarmante é o massacre de Kaniola, em Walungu, que ocorreu durante a noite de 26 para 27 de Maio de 2007, mas muitos outros já aconteceram. D. Maroy lança um apelo para que o Chefe de Estado do país assuma as suas responsabilidades e mande tropas para contrariar a iminente guerra no Kivu do Norte e do Sul, antes que seja muito tarde. O Arcebispo pede para que quem foi eleito pela população se comprometa ainda mais na busca da verdadeira segurança da população, mas sobretudo para que os membros da comunidade internacional, presente na região, não repitam os erros que custaram a vida a milhares de homens e mulheres indefesos, que simplesmente acreditam no poder receber protecção de quem, ao invés, permaneceu inerte. “Somos os vizinhos naturais dos povos de Ruanda, de Burundi e de Uganda, disse o o Arcebispo de Bukavu, apontando que “devemos viver juntos, em viver em paz e em harmonia e não numa guerra sem fim nesta região que Deus generosamente nos doou. Para que servem novas guerras que vão empobrecer a nossa gente e vão criar inimizades inúteis? O mundo aspira pela paz. Peço-vos que vos tornais a voz dos sem-voz que todos os dias morrem nas nossas vilas”. Com Agência Fides

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