Pastoral Prisional Portuguesa aprende com Espanha

A Teologia da Pastoral Prisional em Espanha está muito desenvolvida Os capelães prisionais de Portugal, Espanha e Andorra realizaram, ontem (22 de Junho) um encontro de reflexão e partilha sobre o trabalho pastoral nas prisões. Em declarações à Agência ECCLESIA o Pe. João Gonçalves, Coordenador Nacional da Pastoral Prisional, realçou que a “Pastoral Prisional em Espanha está muito mais avançada do que em Portugal”. Ao explicar o porquê deste avanço, o Pe. João Gonçalves sublinha que “eles têm muito mais prisões e reclusos do que nós”. E acrescenta: “por outro lado têm desenvolvido uma Teologia da Pastoral Prisional e muito mais pessoas a trabalhar neste campo”. Os nossos vizinhos ibéricos realizam “congressos e encontros periódicos com muita frequência”. Uma dinâmica diferente da praticada em Portugal. “Eles são um exemplo pela positiva” – refere o coordenador. Os capelães portugueses nesta área usufruem de muita bibliografia produzida em Espanha. “Têm muitas publicações e prática pastoral nesta área” – declarou. Ao referir-se à Direcção-Geral dos Serviços Prisionais e, mais concretamente ao seu presidente, Rui Sá Gomes, o Coordenador nacional dos capelães prisionais disse que “tinham um óptimo relacionamento”. Rui Sá Gomes participou no último encontro nacional dos capelães prisionais, realizado em Fevereiro último, e mostrou “uma abertura muito grande” – admitiu. O campo prisional deverá ser uma aposta da Igreja porque esta “deve estar onde está Jesus Cristo”. “Deve estar junto das pessoas que sofrem e os presos sofrem muito” – confessou o Pe. João Gonçalves. Tanto os capelães prisionais como os visitadores prisionais “são uma autêntica lufada de ar fresco para os presos”. E adianta: “quando vai alguém de fora a rotina é quebrada”. A Direcção-Geral dos Serviços Prisionais levou a efeito a iniciativa «Um Dia na Prisão». Um projecto “muito interessante” porque “dá a conhecer à gente nova” que é fundamental prevenir para “não ir parar a uma prisão” – garantiu o coordenador. Ao falar da população prisional em Portugal, o Pe. João Gonçalves explica que esta “se situa nos 12 mil presos em prisões” excluindo aqueles que têm pulseira electrónica, os que estão em prisão domiciliária e em liberdade condicional. Todos os estabelecimentos prisionais portugueses – cerca de 50 – têm um capelão. “As cadeias centrais e especiais têm direito a uma nomeação do bispo” – avança. As prisões regionais têm como capelão o pároco da área onde está o estabelecimento.

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