60 anos de Institutos Seculares assinalados em Fátima

Com o objectivo de celebrar os 60 anos da promulgação da Constituição Apostólica Provida Mater Ecclesia, datada de 1947, a Federação Nacional dos Institutos Seculares organizou uma reunião e peregrinação ao Santuário de Fátima. Considerada a Magna Carta, “foi com a promulgação desta carta que a Igreja reconheceu juridicamente os Institutos Seculares”, explica à Agência ECCLESIA, Dulce Sousa, do Instituto das Cooperadoras da Família e Presidente da FNIS. Comemorar esta data significa relembrar toda a caminhada feita até aos dias presentes, e ao mesmo tempo “assinalar o percurso desenvolvido no sentido de afirmar e tornar mais conhecida a vocação de consagração”. Os Institutos Seculares são sociedades clericais ou laicais cujos membros, permanecendo na sociedade, fazem profissão dos conselhos evangélicos, a fim de irem “adquirindo a santidade cristã e exercerem de modo pleno o apostolado”. Os seus membros vivem sós, na sua família ou em grupos de vida fraterna. Em 1947, o Papa Pio XII aprovou esta nova forma de consagração laical. Outro Papa, Paulo VI, chamou aos Institutos Seculares “laboratórios experimentais da relação Igreja-Mundo”. A consagração secular é um estado de vida consagrada, mas oferece à Igreja um espaço de “experiência e experimentação das suas relações com o mundo”. Como elemento fundamental, a vida consagrada “quer tornar Cristo presente no meio do mundo”, explica Dulce Sousa. Uma vocação comum a todos os católicos e baptizados, mas os consagrados, “por força dessa mesma consagração fazem disso a sua profissão”, querendo ser também para os cristãos “um sinal” inseridos no mundo, perto dos homens e mulheres. O apostolado dos consagrados é “essencialmente testemunhal”. Sem perder a base da consagração, “procuramos olhar a sociedade nos dias de hoje”, com os seus problemas sociais, “onde se encontram inversões de valores”, mas procurando evidenciar a necessidade do transcendente no mundo secularizado, mas percebendo também “o que há de bom”, aplicado depois ao carisma específico de cada Instituto. Em Portugal estão registados na FNIS 15 Institutos Seculares, apenas três com origens nacionais. “Sendo poucos e pouco numerosos”, Dulce Sousa dá conta de uma participação “muito representativa da realidade dos Institutos em Portugal” no encontro em Fátima.

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