Vittorio Messori, amigo e entrevistador d e João Paulo II, disse num artigo publicado ontem no jornal “Corriere della Sera” que “não há nada de novo” em relação à saúde do Papa e que este mantém sua decisão de não renunciar. “Basta uma frase inócua para causar agitação nos media”, diz Messori no artigo, criticando os rumores da imprensa suscitados pelos comentários do Cardeal Joseph Ratzinger fora do contexto original. Sobre isso, Messori diz que “há algo que pode ser esclarecido” do episódio de nervosismo sobre a sua saúde: que o Papa não renunciará. “Nesta mesma coluna, em Junho de 2002, o Papa nos permitiu confirmar que, haja o que houver, João Paulo II não renunciará a seu cargo. A paternidade não admite demissões e o Papa jamais seria um reformado”. “Após quinze meses –acrescenta Messori no artigo-, com um quadro clínico ainda mais comprometido, a decisão de permanecer na condução da Igreja confirma-se como ‘irrevogável’: é um tema encerrado, não haverá abandonos, os que assim afirmarem serão desmentidos pelos factos”. Messori revela no artigo que o estado de ânimo do Papa “é o de uma disponibilidade à Providência que, para o fiel, estabelece tudo, sempre e seja como for, para esperar o melhor”. O jornalista italiano lembra também que a agenda do Papa não sofreu nenhuma modificação. Além disso, “nenhuma medida será tomada para ocultar suas dificuldades físicas”, uma novidade –diz- em relação aos costumes de não reconhecer que o Papa pode estar doente.
