Associação In Família pela defesa da vida

A Associação “In Familia” foi apresentada no passado Sábado. Uma organização que pretende ter força representativa e ser voz para fazer valer as suas ideias em prol da vida e da família. Fernando Aleluia, Presidente da “In Família” explica que o acção vai desenvolver-se a partir da defesa da vida, da responsabilidade social e da valorização da família. “O nosso trabalho metodológico vai no sentido da intervenção pública, política e social mas também na formação de famílias e de jovens”, refere em declarações ao Programa ECCLESIA. Fazer despertar as famílias e “ajudá-las a constatar o seu papel na sociedade, assumir a responsabilidade social que enquanto família têm” e, por sua vez, também “exigir da sociedade essa mesma responsabilidade”. Fernando Aleluia constata que discurso “politicamente correcto” vai sempre no sentido de defender a família, mas na prática o que se verifica “é que não há políticas sociais que favoreçam a vida familiar dos portuguesas”. João César das Neves, presen te na apresentação na associação, considera que “esta problemática golpeou profundamente toda a estrutura social do país” e por isso merece “muita reflexão”, sendo que as suas consequências “vão-se verificar por muitas décadas”. O professor universitário considera que o Estado segue as preferências da opinião pública e “encontra-se muito alheado da realidade”. O próprio resultado do referendo “vêm do desenquadramento e desajustação da família, da falta de acompanhamento a algo que é central na sociedade que devidamente acompanhado a partir da raiz não criaria problemas sociais”. O Estado apenas reage, pois “é consequência de uma cultura, que de facto actualmente é oposta à família”, considera, pois a cultura actual manifesta uma luta civilizacional. Por isso mesmo a associação “In Famílias vai estar na luta num tempo em que com uma cultura hedonista, individualista e interessada na carreira, elimina a base de todas as coisas”. Na prática vêem-se “pessoas com sucesso e com realizações mas que são desequilibradas, a quem falta uma vida, a base”. Mas João César das Neves considera que “este é o drama de uma cultura que está a mudar e vai mudar”. A comunicação social também contribuiu para esta problemática “sendo causa e consequência, mas começa por ser causa”, porque é uma cultura de fundo, “de civilização que se manifesta desta forma e que a comunicação social traduz”. Na forma “simplista com que a comunicação social trata alguns assuntos, promove-os depois, não tanto nas notícias mas em alguns programas, tornando-os imparáveis”, sendo que a comunicação social é um elemento central, “tanto nas coisas boas como nas más”. Alexandra Teté considera que independentemente dos resultados que se possam ter, “a associação quer continuar a influenciar quem está ao nosso lado, no ambiente em que estamos e não esperar que seja o Estado a fazer tudo”, fazendo ouvir sem medo a voz, pois o que pretendem é “manifestar sem receios, com liberdade, na procura de um entendimento”. Alexandra Teté relembra falta de clima de diálogo entre pais e empresas. Por isso “é preciso criar um clima de diálogo e perceber de que forma as empresas podem ajudar as famílias a conciliar o trabalho e a sua família, sendo benéfico inclusive para a produtividade do trabalhador”.

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