O desemprego e a precariedade do trabalho

Num contexto sócio económico marcado pelo desemprego estrutural crescente e pela precarização do trabalho que se têm vindo a agravar, e ameaçam a dignidade da pessoa, a subsistência das famílias e a própria coesão da vida social, provocando o aumento da pobreza e da exclusão social, a LOC/MTC, reunida no seu XIII Congresso em Setúbal, Manifesta: 1. A sua preocupação pela falta de dignidade atribuída ao trabalhador, à desvalorização do trabalho e pelo aumento das desigualdades e das injustiças que aumentam o fosso entre ricos e pobres; 2. O seu descontentamento com as políticas económicas e sociais seguidas, as quais beneficiam os grandes grupos económicos, em detrimento da maior parte da população. 3. A sua preocupação com a perda da dignidade humana e do sentido do bem comum provocados por um sistema economicista que continua a criar desemprego, trabalho precário e o aumento de excluídos da sociedade; 4. A sua convicção de que a solidariedade se realiza quando todos os seres humanos participam do conjunto dos bens disponíveis, entre os quais o trabalho, que só tem futuro se o acesso, os saberes, os meios, e as funções forem partilhados por todos. Afirma: 1. O trabalho foi feito para o Homem e não o Homem para o trabalho. Por isso ele nunca pode ser instrumento mas sempre o sujeito e o fim do trabalho; 2. O Trabalho digno que respeite os direitos dos trabalhadores, fará de cada ser humano um ser mais feliz e um agente de esperança ao serviço da edificação de um mundo novo, de Paz, Justiça e Fraternidade; 3. Continuaremos a defender a humanização da economia, a erradicação das desigualdades de rendimentos e de poder e continuamos abertos a uma cooperação leal e transparente com todos os que comungam deste ideal. Propõe: 1. Que os governantes e as empresas alterem as políticas de aumento permanente de chorudos lucros à custa de baixos salários e de redução de postos de trabalho. Promovam emprego estável, que vá para além do indispensável para sobreviver, tendo presente a dignidade e a realização pessoal no trabalho que desempenham e as mulheres possam ser mães sem correrem o risco de perder o seu emprego; 2. Uma mudança de mentalidades e atitudes que combata o egoísmo, o individualismo, o supérfluo e a sociedade de consumo, que muitas vezes vai contra a própria dignidade, e os transforme em factores de solidariedade e partilha em que cada ser humano seja mais feliz e possa transmitir alegria e esperança.

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Agência ECCLESIA

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