AIS destaca importância da rádio «num continente onde as estradas muitas vezes nem existem ou estão intransitáveis, ou onde há inúmeras povoações sem eletricidade»
Lisboa, 06 set 2022 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) apoia a missão da Igreja na África lusófona também através da ajuda às rádios católicas, que “é muito relevante” e pode ser uma das áreas menos conhecidas deste trabalho.
“Num continente onde as estradas muitas vezes nem existem ou estão intransitáveis, ou onde há inúmeras povoações sem eletricidade, a comunicação mais eficaz faz-se ainda através dos velhinhos aparelhos de telefonia a pilhas”, explica a AIS, na informação enviada à Agência ECCLESIA.
O secretariado português da fundação pontifícia assinala que o apoio à “missão da Igreja na África lusófona através das rádios católicas” pode ser uma das suas “áreas menos conhecidas”, mas a ajuda ao trabalho das equipas de rádio das várias dioceses “materializa-se de muitas formas”, como a entrega de carros robustos, para que “jornalistas e sacerdotes possam enfrentar as picadas africanas”.
“São várias as rádios católicas na África lusófona cuja missão é apoiada diretamente pela Fundação AIS. A recente pandemia do coronavírus, que obrigou ao confinamento das populações em muitos países, veio dar um relevo especial a este meio de comunicação social”, acrescenta.
A AIS apoiou o projeto de uma viatura todo-o-terreno para a Rádio Sol Mansi (Guiné-Bissau), uma informação divulgada aos responsáveis da rádio católica da Diocese de Bafatá, após a vandalização de uma igreja católica em Gabú, a 2 de julho.
Em março, por exemplo, foi notícia a inauguração de uma central de energia solar e as novas instalações da Rádio Jubilar, em São Tomé e Príncipe: A AIS patrocinou o equipamento para a central que, agora, com 26 painéis e 24 baterias, garante a total autonomia energética da estação radiofónica, permitindo que as emissões estejam asseguradas vinte quatro horas sobre vinte e quatro horas, todos os dias da semana.
A Ajuda à Igreja que Sofre tem apoiado “a nível logístico, e até na produção de conteúdos”, como o programa ‘Igreja no Mundo’, produzido todas as semanas AIS em Portugal, rádios da Igreja na Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Angola, Cabo Verde e Moçambique.
Moçambique é um dos países onde essa colaboração “é mais extensa”, com várias rádios a beneficiarem da parceria com a fundação pontifícia, como a ‘Rádio Sem Fronteiras’, na Diocese de Pemba, na “região fustigada pela violência terrorista”, a Rádio Encontro, da Diocese de Nampula.
CB