Vaticano: Papa lembra «sorriso» de Madre Teresa de Calcutá, ao serviço do outro

«Abriremos horizontes de alegria e de esperança» – Francisco, que também assinalou o Dia Internacional da Caridade

Foto: Vatican Media

Cidade do Vaticano, 05 set 2022 (Ecclesia) – O Papa Francisco recordou hoje o exemplo de Madre Teresa de Calcutá, a fundadora das Missionárias da Caridade que faleceu a 5 de setembro de 1997, incentivando a oferecer o “sorriso” a todos, “especialmente àqueles que sofrem”.

“MadreTeresa gostava de dizer: «Talvez não fale a língua deles, mas posso sorrir». Levemos no coração o seu sorriso e o ofereçamos a quem encontrarmos no nosso caminho, especialmente àqueles que sofrem”, escreveu o Papa, numa publicação na rede social Twitter.

“Assim, abriremos horizontes de alegria e de esperança”, acrescenta Francisco, na conta ‘@Pontifex_pt’.

O Papa Francisco canonizou Madre Teresa de Calcutá, missionária católica albanesa que fundou as Irmãs da Caridade, no dia 4 de setembro de 2016, durante o Jubileu extraordinário da Misericórdia, na Praça São Pedro.

Madre Teresa de Calcutá faleceu 87 anos, a 5 de setembro de 1997, na Índia; desde 2013, assinala-se nesta data o Dia Internacional da Caridade, instituído a 5 de setembro de 2012, pela Organização das Nações Unidas (ONU).

“O pouco, se partilhado com amor, nunca acaba, mas se transforma em reserva de vida e felicidade. O mesmo acontece com a nossa esmola, seja ela pequena ou grande, oferecida com alegria e simplicidade”, escreveu o Papa, sobre o Dia Internacional da Caridade, numa segunda publicação na mesma rede social.

Quando morreu, a Congregação das Missionárias da Caridade tinha cinco mil irmãs, e 400 conventos ativos, em todos os continentes.

“Continuamos o legado da Mãe, oferecendo gratuitamente todo o bem que pudermos”, explicou a irmã Mary Joseph, superiora geral da congregação desde o início deste ano, divulgou hoje o portal de notícias do Vaticano.

O postulador da causa de canonização de Madre Teresa de Calcutá, o padre Brian Kolodiejchuk, realça que Madre Teresa de Calcutá “foi um grande ‘CEO’ por organizar tudo e fazer funcionar”, “uma congregação com milhares de freiras”, o que foi uma coisa extraordinária.

“Ela sabia que era um exemplo, mas isso não subiu à cabeça. Acredito que uma das suas grandes virtudes foi a humildade, então, certamente, há caridade e fé”, acrescentou ao Vatican News.

Foto EPA/Lusa

O sacerdote, dos Padres Missionários da Caridade, que acompanhou Madre Teresa de Calcutá, durante cerca de 20 anos, recorda-a como uma “mãe” e destaca, que numa das primeiras cartas da década de 1960, a um arcebispo, escreveu: “O título de superiora-geral não significa nada para mim. Eu quero ser mãe”.

“Ela tinha um coração muito grande, um coração de mãe. Qualquer um que a conheceu uma vez começou a chamá-la de ‘mãe’ mais tarde. Ela era verdadeiramente maternal, uma verdadeira mãe”, salientou o padre Brian Kolodiejchuk, o postulador da causa de canonização da fundadora das Missionárias da Caridade.

Santa Madre Teresa de Calcutá venceu o prémio Nobel da Paz (17 de outubro de 1979), foi beatificada por João Paulo II, a 19 de outubro de 2003.

Santa Teresa de Calcutá, Gonxha Agnes Bojaxhiu, nasceu em Skopje (atual capital da Macedónia) a 26 de agosto de 1910, filha de pais albaneses; em 1928 entrou para a Congregação das Irmãs do Loreto, na Irlanda, e seguiu para a Índia no ano seguinte.

CB

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Agência ECCLESIA

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