Bispos da América Latina deixam apelo à solidariedade do G8

A Conferência de Aparecida, que ontem se concluiu, deixou um apelo aos governantes dos oito países mais industrializados (G8), que se reúnem em Heiligendamm (Alemanha), de 6 a 8 de Junho. “Embora os países do G8 não tenham um mandato para um governo global, as suas decisões acarretam amplas consequências para a vida de milhões de pessoas em todo o mundo”, escreveram, num telegrama, os Bispos que participaram na V Conferência Geral do episcopado latino-americano e caribenho. “Assumindo a nossa responsabilidade de pastores dos nossos povos tão sofredores devido às injustas relações entre países pobres e países ricos, apelamos aos chefes de Estado e de Governo do G8 que guiem a economia mundial para um desenvolvimento humano, ecológico e sustentável, fundado sobre a justiça, a solidariedade, e o bem comum global”, acrescentam. Citando a carta que Bento XVI enviou, recentemente, a Angela Merkel, Chanceler alemã, em que o Papa recorda que erradicar a pobreza é um “dever moral” dos países ricos, os bispos latino-americanos sublinham que este objectivo “está vinculado de modo inseparável à paz e à segurança mundial”. Também por causa da Cimeira do G8, a CIDSE (Cooperação Internacional para o Desenvolvimento e Solidariedade) e a Caritas Internacionalis, redes europeias de ajuda ao desenvolvimento e combate à pobreza e à injustiça social, uniram-se para lançar a Campanha Make Aid Work (www.make-aid-work.org/portugues/home.html) Este movimento das organizações católicas para o desenvolvimento europeias tem como principal objectivo sensibilizar a opinião pública, em especial os mais de mil milhões de católicos em todo o mundo, para que se manifeste a favor do cumprimento dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, assinados em 2000, na Cimeira do Milénio.

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