Egipto: Líder copta pede liberdade de culto

O líder da Igreja Ortodoxa Copta (Egipto), Shenuda III, pediu às autoridades egípcias, a aplicação dos artigos da Constituição que garantem a liberdade religiosa e a igualdade de direitos entre os cidadãos, informou a agência oficial Mena. A mensagem, divulgada por Shenuda III no seu site oficial, foi uma reação aos distúrbios entre muçulmanos e cristãos, ocorridos no dia 12 deste mês, no distrito de Behma, 70km a Sul do Cairo. Os confrontos deixaram mais de dez feridos e várias casas foram incendiadas. A tensão foi motivada por boatos de que alguns moradores cristãos tentariam transformar uma casa particular numa igreja, sem terem a permissão necessária para o fazer. Shenuda III disse que os coptas não cometeram nenhuma ilegalidade nesses incidentes. Os acontecimentos de Behma são o último episódio de violência entre cristãos e muçulmanos, depois que, em Abril do ano passado, uma pessoa ter sido assassinada e vários fiéis de três igrejas em Alexandria terem sido agredidos. A Igreja Ortodoxa Copta, de acordo com a tradição, foi estabelecida pelo Apóstolo São Marcos no Egipto em meados do século I (aproximadamente no ano 60). É a igreja nacional do Egipto. O seu líder é o Patriarca de Alexandria, Patriarca da Santa Sé de São Marcos, actualmente Shenouda III. Em várias ocasiões, a minoria copta denunciou a discriminação social de que é vítima, em relação à maioria muçulmana do país. O número de cristãos de rito copta é superior a 40 milhões, estando distribuídos principalmente pelo Egipto (10 milhões), Etiópia (30 milhões) e Eritreia (2 milhões), e também por Israel e o Sudão. Departamento de Informação da Ajuda à Igreja que Sofre

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