Europa e pobreza dominaram Assembleia dos Bispos Italianos

Terminou a 57ª Assembleia Geral da Conferência Episcopal Italiana. A Europa e a pobreza foram os temas dominantes. O Presidente da CEI, D. Angelo Bagnasco, após o encerramento dos trabalhos, esteve reunido com os jornalistas onde deu conta da paixão comum existente entre os bispos reunidos e entre o Presidente italiano com vista “ao bem comum dos países e das gentes assim como o desejo de trazer elementos de convergência, de encontro e de colaboração que possam construir o bem geral”. Acerca das prioridades da família, o Presidente da CEI apontou que é importante “realçar o plano formativo, a educação para o matrimónio, a família como valor fundamental, tanto a nível afectivo como relacional. Este ensinamento parte de Cristo que se revelou verdadeiro a partir de Deus”. “A ligação à vida pública, social e comunitária de um país é um grande valor que o cristianismo sempre respeitou, promoveu, proclamou e favoreceu”, afirmou o Presidente da CEI. Referindo-se às comunidades paroquiais, associações e grupos católicos e ao empenho para a família, D. Angelo Bagnasco sublinhou que “a ligação à vida dos que nos rodeiam, pequenos ou grandes, é um valor fundamental para o cristianismo”. Nesta óptica educativa, “acreditamos poder contribuir para o crescimento e ajuda desta participação para o bem da sociedade, em todas as suas formas: política, administrativa, de voluntariado”. Durante o encontro dos bispos italianos foi dado a conhecer a ajuda económica económica de 37 milhões de euros prestada a favor dos pobres e para a promoção da justiça em Itália e no mundo. Este montante resulta das centenas de actividades, projectos e iniciativas do último ano da Cáritas italiana, demonstrados hoje em síntese pelos bispos reunidos na Assembleia. Tantas actividades em várias frentes – promoção, formação, comunicação, animação, imigração, serviço social, emergências nacionais e responsabilidade perante o ambiente, projectos no mundo, educação para a globalização, reconciliação e conflitos esquecidos – estarão relatados no relatório anual de 2006. A Cáritas constatou “que os dados sobre a pobreza em Itália não melhoraram”. Em 2006 foram apresentados 226 projectos da responsabilidade das 137 Cáritas diocesanas e realizaram-se iniciativas em Itália, resultando em quase 21 milhões de euros a favor das minorias, imigrantes, refugiados, mulheres em dificuldades, entre muitos outros casos de emergência. A 57ª Assembleia da CEI aprovou ainda uma verba para permitir um projecto experimental da pastoral juvenil. Num documento disponibilizado pode ler-se que esta atribuição “destina-se a sustentar nas dioceses, especialmente as mais pequenas, o planeamento e a actuação de experiências inovadoras de pastoral juvenil. O fundo estará disponível no próximo ano pastoral. Segundo dados fornecidos pelo Instituto Central para o desenvolvimento do clero, as 47 dioceses com menos de 100 mil habitantes podem vir a receber quatro mil euros. Nas 113 dioceses com 100 a 250 mil habitantes, o montante sobe para seis mil euros. Nove mil euros destinam-se às 38 dioceses que têm entre 250 e 500 mil habitantes. Estas verbas podem chegar aos 13 mil euros para as 15 dioceses que têm entre 500 mil e um milhão de habitantes. 15 mil euros vai ser atribuído às seis dioceses que têm mais de um milhão de habitantes. O projecto financeiro fará parte das boas práticas da pastoral juvenil.

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