Bispo do Funchal quer estar perto de todos

Foi de uma forma próxima e acolhedora que o novo Bispo do Funchal se dirigiu a todos quantos participaram na celebração eucarística, à qual presidiu na Casa de Saúde de São João de Deus. D. António Carrilho fez questão de iniciar a sua actividade naquela instituição tendo em conta que a sua nomeação ocorreu no dia 8 de Março, uma data dedicada pela Igreja a São João de Deus. Por outro lado, pretendeu chamar a atenção para os mais carenciados porque, a exemplo de São João de Deus, o novo Bispo quer olhar pelos pobres e doentes. Nas palavras de saudação do Superior Provincial da Ordem Hospitaleira, Irmão José Paulo Simões, “a visita foi um grande sinal de diálogo e de abertura da Casa ao exterior. Em nome dos Irmãos e de todos quantos estão envolvidos nesta causa, agradeço a presença do senhor Bispo. O nosso muito obrigado em comungar da nossa hospitalidade que é também uma marca do seu episcopado”, disse. Em conversa com os jornalistas, após a Eucaristia, D. António Carrilho manifestou o desejo de se aproximar de todos porque “sinto a necessidade e a carência de muitíssima gente, nesta Diocese como em todas as dioceses” porque “há muita gente que sofre”. Como Bispo de todos, apontou que “não vamos pôr ninguém de parte porque há riquezas que são pobrezas porque não têm aqueles valores, aquela alma, que é o amor-caridade que a deve animar”. No dia em que a Igreja celebrou a Ascensão de Jesus ao céu, apelou aos leigos para que sejam mais activos ao reiterar que não basta estar a olhar para o alto. “Vamos olhar para os outros, para a nossa realidade e necessidades” e “fazermos o que está ao nosso alcance”. Ao sublinhar que todos têm obrigação e responsabilidade de fazer o bem mostrou-se, contudo, satisfeito pelo facto da Igreja ter multiplicado as suas obras ao nível do serviço e da caridade. Durante a homilia, D. António fez questão de se manter próximo dos leigos. Ao invés de falar no ambão, optou por ficar junto ao altar de onde podia ver toda a gente, nomeadamente, os doentes. Na bênção final, o novo Bispo dirigiu-se em especial aos doentes e adiantou que a bênção era extensível aos pobres, aos que se encontram infelizes, desorientados e com solidão. Depois, fez questão de cumprimentar os doentes, um a um, e em seguida, os leigos que encheram o templo. “Este cumprimento é uma relação de proximidade que eu gostava que fossem sentindo”, disse. D. António Carrilho, que tomou posse como Bispo do Funchal neste sábado reiterou, ontem, que ainda não tem nenhum calendário para as visitas pastorais porque primeiro tem que falar com os párocos. “Ainda não tenho nada marcado, sou livre como um passarinho” disse, em conversa com os jornalistas, durante a qual comprovou, uma vez mais, a sua boa-disposição e proximidade. Ao revelar o modo como costuma trabalhar, apontou que “farei aqui o programa que juntos fizermos”.

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