Festa dos Povos em Braga

Tem de haver um maior envolvimento das associações de imigrantes na organização da Festa dos Povos. O repto foi lançado pelo professor Armando Cancelinha, à margem do evento que começou ontem na Avenida Central e onde estão representadas comunidades de Angola, Guiné-Bissau, Rússia, Ucrânia, Brasil e o Grupo para a Integração Escolar da Etnia Cigana. Armando Cancelinha é um dos membros da comissão organizadora, constituída por elementos do Centro Local de Apoio à Integração de Imigrantes da delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa, Cáritas Arquidiocesana, Comissão Justiça e Paz, Grupo de Intervenção para a Escolarização da Etnia Cigana e Pastoral da Mobilidade. Aquele professor admitiu que «é difícil organizar estas iniciativas», porque requerem uma participação activa das associações representativas dos diferentes povos, o que não tem sido fácil por razões ligadas ao trabalho e também à fiscalização. Armando Cancelinha notou que ainda há muitas pessoas «com receio de dar a cara». O docente reconheceu ainda que o interregno de três anos entre a primeira e a segunda edição da Festa dos Povos foi «desmobilizador». No entanto, Cancelinha mostrou-se optimista, esperando que, nos próximos anos, seja possível «motivar mais gente» e incluir na comissão organizadora elementos das associações representadas no certame. Na abertura do evento, o presidente da delegação de Braga da Cruz Vermelha aludiu ao lema deste ano «é mais aquilo que nos une que aquilo que nos separa» para enfatizar a questão da multiculturalidade. Francisco Alvim exortou ao diálogo intercultural, independentemente da cor da pele, raça ou religião. Para além dos cinco stands alusivos aos hábitos e culturas das populações imigrantes e de etnia cigana, está previsto um programa de animação rico em danças e cantares, que atingem o ponto alto hoje à noite. O evento encerra amanhã, dia 20 de Maio, às 16h00, com uma celebração ecuménica, na igreja dos Terceiros.

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