Restauração da Diocese de Castelo Branco não é prioridade

O Bispo de Portalegre-Castelo Branco não considera ser prioritária a restauração da antiga diocese de Castelo Branco, apesar de admitir que os actuais nove mil quilómetros quadrados da divisão eclesiástica “são demasiados”. “Se se mantiver aquilo que está perspectivado que é a redução e o envelhecimento da população, não sei se se poderá avançar por esse caminho”,aponta. Em entrevista ao semanário regional “Reconquista”, D. José Sanches Alves frisa que qualquer mudança dependeria de alterações “no processo de desenvolvimento da Diocese e crescimento da população considero que será um problema a pôr com acuidade e a estudar em pormenor”. “É, de facto, uma Diocese grande e em área geográfica é a terceira Diocese de Portugal. Quanto à população, está muito longe de ser das primeiras e nesse sentido digamos que também as solicitações não são tão frequentes, como acontece noutras áreas onde eu estive antes”, sublinha. “A minha opinião sobre esta situação é que quando se pensa dividir uma Diocese, no caso, ou em dividir uma outra circunscrição civil, estamos a olhar para o futuro e não para o passado”, alerta ainda. Ainda em 2006, a Santa Sé respondeu a uma petição assinada por várias entidades públicas e privadas que dava conta das diligências feitas no sentido da restauração da diocese de Castelo Branco, frisando que “pedidos do género daquele que é formulado só poderão vir a ser atendidos pela Santa Sé quando apresentados ou recomendados pela competente Autoridade eclesiástica local”, neste caso a Conferência Episcopal Portuguesa. A criação da diocese de Castelo Branco data de 7 de Junho de 1771, sob o pontificado de Clemente XIV, dada a vastidão do território da diocese da Guarda. A sua extinção foi determinada por carta apostólica de 30 de Setembro de 1881, sob o pontificado de Leão XIII, e pelo decreto régio de 14 de Setembro de 1882, sob o pretexto de dificuldades económicas. Consumada a extinção, pela carta apostólica Gravissimum Christi, o seu território foi incorporado na diocese de Portalegre.

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