Danças, teatro, poesia e desfiles de trajes típicos são algumas das actividades programadas para a II edição das Festas dos Povos, uma iniciativa que se realiza em Braga, de 18 a 20 de Maio. Promover a integração dos imigrantes no seio da comunidade bracarense, partilhando diferentes identidades culturais num convívio entre os povos é o principal objectivo deste evento, cujas acções se concentram na Avenida Central. O evento é organizado por uma comissão constituída por membros do Centro Local de Apoio à Integração de Imigrantes da Delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa, Cáritas Arquidiocesana de Braga, Comissão Justiça e Paz de Braga, Grupo de Intervenção para a Escolarização da Etnia Cigana e Pastoral da Mobilidade. Os organizadores pretendem fomentar as relações entre as diferentes culturas para lá dos três dias de convívio e mostrar aos imigrantes aquilo que é a realidade bracarense. «Não basta uma lei que torne os cidadãos imigrantes legais, é necessário um conjunto de práticas diárias que lhes permita fazer parte integrante da malha social», disse Armando Cancelinha, em representação do Grupo de Intervenção para a Escolarização da Etnia Cigana. O presidente da delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa, Francisco Alvim, afirmou que os imigrantes constituem uma «mais-valia» para Portugal, apontando a Festa dos Povos como um momento propício para fomentar a integração das comunidades de acolhimento. «A integração é algo que tem que ser trabalhado. Não basta o visto, é necessário que haja comunhão entre quem chega e quem acolhe», rematou Sónia Rodrigues, do Centro Local de Apoio à Integração de Imigrantes, da Delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa. Ponto alto da festa na noite de Sábado A abertura do evento acontece sexta-feira (dia 18) às 15h00, com uma visita aos diversos stands, ao que se segue, uma hora e meia depois, um momento musical a cargo da turma do 5.º 9 do Programa Integrado de Educação e Formação da Escola EB 2,3 de Lamaçães. A Associação Guineense no Minho (AGM) e a Associação de Estudantes da Guiné Bissau em Braga apresentam, a partir das 20h30, danças e poesia. Uma hora depois, a Comunidade Brasileira anima o recinto com danças típicas, seguindo- se a projecção de imagens com passagem de modelos e poesia, pela Casa de Angola e Associação de Estudantes Angolanos em Portugal – Direcção Regional do Minho. O ponto alto da Festa acontece Sábado à noite, a partir das 21h00, com actuações contínuas por diversas comunidades. A Associação de Ucranianos de Braga apresentará, nesta “Noite de Sons Interculturais”, danças típicas e cantares da Ucrânia, a Casa de Angola divulgará músicas daquele país, as comunidades brasileira, cabo-verdiana e são-tomense apresentarão danças típicas. Haverá ainda a exibição da peça de teatro “Drama da Imigração”, pela Associação Guineense no Minho e Associação de Estudantes da Guiné Bissau em Braga, danças de folclore, da responsabilidade da Delegação de Braga da Cruz Vermelha, e um desfile de trajes típicos das diversas culturas representadas. De tarde, haverá uma dança cigana, às 15h00, a cargo do Centro Comunitário da Cruz Vermelha de Prado e, meia hora depois, a Comunidade do Leste Europeu em Barcelos apresenta uma dança russa. Seguem- -se danças angolanas e uma demonstração de capoeira, pela Comunidade Brasileira. O evento encerra domingo (20) com uma celebração ecuménica, às 16h00, na Igreja dos Terceiros, com as participação das igrejas representadas no evento.