Viana do Castelo: O desprendimento é uma «característica essencial do sacerdote», afirma bispo diocesano

D. João Lavrador dirigiu uma carta ao clero por ocasião do Dia de Oração pela Santificação dos Sacerdotes

Foto Diocese de Viana do Castelo

Viana do Castelo, 23 jun 2022 (Ecclesia) – O bispo de Viana do Castelo afirma numa carta dirigida ao clero diocesano que o padre deve seguir um “itinerário que conduz à santidade” e refe que o “desprendimento” é uma “característica essencial do sacerdote”.

“O desprendimento, característica essencial do sacerdote, terá de merecer uma vigilância permanente para que a santidade não seja idealizada e desencarnada”, afirma D. João Lavrador no documento enviado à Agência ECCLESIA.

O bispo de Viana do Castelo referiu também que a “fidelidade e acomunhão” dos sacerdotes exigem “o sentido de justiça, do bem do outro e da partilha”, acrescentando que “a verdadeira santidade penetra a existência concreta de cada um, interliga com a comunidade e integra todos os aspectos da vida pessoal e da missão”.

“Reconhecemos, sem dúvida, que neste quotidiano, no qual exercemos a comunhão, a justiça, a partilha, somos testemunhas do amor de Deus e nos desprendemos de nós e dos bens para melhor saborear a riqueza que se experimenta na pobreza, na simplicidade e na humildade, unimo-nos a Cristo na oração, nos sacramentos e na ascese”, sublinha.

D. João Lavrador dirigiu a carta ao clero da Diocese de Viana do Castelo por ocasião do Dia de Oração pela Santificação dos Sacerdotes, que se assinala este sexta-feira, dia litúrgico da Solenidade do Coração de Jesus, afirmando que a jornada constitui também uma ocasião para os padres se questionarem sobre a missão pastoral que desenvolvem.

“Esta Solenidade é também ocasião para rezarmos pela santificação dos sacerdotes e de nos questionarmos sobre a nossa missão pastoral quanto às prioridades, ao testemunho de comunhão e de alegria, à coragem para enfrentar as dificuldades e ao discernimento e criatividade que hoje se exigem para realizar a missão pastoral nas circunstâncias actuais do mundo e da Igreja”, referiu.

O bispo de Viana do Castelo sublinhou que cada um dos sacerdotes deveria incluir na “sua vida pessoal e ministerial” um “itinerário que conduz à santidade”, uma vez que “a santidade obedece a um itinerário porque tem finalidades, exige meios, busca conteúdos e exprime-se por relação com Deus e com os irmãos”.

“Como em todos os âmbitos da experiência cristã, só quem faz um verdadeiro caminho de santidade pode acompanhar outros neste mesmo caminho”, afirma.

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Agência ECCLESIA

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