Bento XVI lançou este sábado um apelo em favor da unidade e reconciliação da comunidade eclesial siro-católica. Esta comunidade, com cerca de 80 mil fiéis, está particularmente presente no Iraque, onde é um alvo para a violência e o extremismo. Nas actuais situações de tensão e conflito, “é importante que a Comunidade eclesial siro-católica possa anunciar o Evangelho com vigor, promovendo uma pastoral adaptada aos desafios da pós-modernidade e oferecendo um exemplo luminoso de unidade num mundo fraccionado e dividido”, advertiu o Papa, ao receber no Vaticano os participantes no Sínodo extraordinário da Igreja Siro-católica. Bagdad e Mossul são as principais sedes desta comunidade, cujo Patriarcado tem sede em Antioquia. Os ciro-católicos estão unidos a Roma desde o século XVII, conservando toda a sua tradição patrística e litúrgica, com destaque para o uso do aramaico. Perante a “situação particular que vive o Médio Oriente”, Bento XVI lembrou a importância do “testemunho que as Igrejas católicas podem dar na sua unidade”. “Na nossa época, há desafios que as comunidades cristãs, em todas as partes do mundo, devem enfrentar, dado que numerosos perigos e armadilhas correm o risco de dissimular os valores do Evangelho. No que diz respeito à vossa Igreja – precisou o Papa – as violências e os conflitos que afectam uma parte uma parte do rebanho que vos está confiado constituem dificuldades suplementares que põem ainda mais em perigo, não só o facto de viverdes juntos em paz, mas até mesmo a própria vida das pessoas.” Departamento de Informação da Ajuda à Igreja que Sofre