Indalécio e Ilda Martins recordam momento único da sua vida, em 1972
Lisboa, 12 jun 2022 (Ecclesia) – Ilda Martins era uma das 60 “Noivas de Santo António” que, em 1972, se concentrava no Parque Eduardo VII, antes da celebração do matrimónio, na Sé de Lisboa, sob a proteção de Santo António.
50 anos depois, ela e o seu marido, Indalécio Martins – que tinham começado a namorar nove meses antes, recordam que a decisão teve algumas resistências, junto das suas famílias, mas acabou por iniciar um percurso de “felicidade”, “com altos e baixos”, como qualquer vida.
“O segredo é haver compreensão”, assumem os dois, sublinhando a necessidade do diálogo para enfrentar os problemas.
O casamento ficou marcado por graves problemas de saúde de Ilda, um mês após a cerimónia, superados apesar dos prognósticos mais reservados.
Uma filha e dois netos são a “coroa de glória” deste casamento, que “Santo António acelerou, como diz Ilda a brincar.
“Vamos lá [Igreja de Santo António] quase todos os anos, no dia 13”, refere.
Os “Casamentos de Santo António” começaram por ser uma iniciativa do extinto jornal ‘Diário Popular’, em 1958, com o objetivo de possibilitar o matrimónio, apadrinhado por Santo António, a casais com maiores dificuldades económicas.
Foram interrompidos em 1974 e retomados em 1997, sob a égide da Câmara Municipal de Lisboa; desde 2019, passou para a alçada da EGEAC, integrando-o nas Festas de Lisboa.
A Igreja Católica celebra a 13 de junho a festa litúrgica de Santo António, que nasceu em Lisboa no final do século XII e se tornou uma figura global da Igreja Católica.
Ainda em Portugal, Fernando, que viria a assumir o nome de António, foi recebido entre os Cónegos Regulares de S. Agostinho em Lisboa e Coimbra, mas pouco depois da sua ordenação sacerdotal ingressou na Ordem dos Frades Menores [Franciscanos], com a intenção de se dedicar à propagação da fé entre os povos da África.
O santo português, que morreu em Pádua, Itália, no ano de 1231, foi o primeiro professor de Teologia na ordem fundada por São Francisco de Assis, tendo ficado famoso pelos seus sermões.
O Papa Gregório IX canonizou-o apenas um ano depois da morte, em 1232, também após os milagres que se verificaram por sua intercessão.
Pio XII, em 1946, proclamou Santo António como Doutor da Igreja, atribuindo-lhe o título de “Doutor evangélico”.
A festa de Santo António, com as suas várias dimensões, está em destaque na próxima emissão do Programa ’70×7′, este domingo, na RTP2, pelas 17h30.
SN/OC