Ordem Hospitaleira de S. João de Deus e a sua relação com condes e marqueses

A Ordem Hospitaleira de S. João de Deus e a Fundação das Casas de Fronteira e Alorna organizam um colóquio sobre “Os condes da torre e Marqueses de Fronteira e as suas relações com a Ordem Hospitaleira de S. João de Deus”. Esta iniciativa, a realizar em Lisboa, dia 20 deste mês, no Palácio Fronteira, conta com vários nesta matéria. Programa 09h00 – Recepção e entrega da documentação aos participantes 10h00 – Sessão de abertura. Mesa de abertura: Ten-General Alexandre de Sousa Pinto – (Presidente da Comissão Portuguesa de História Militar); Pe. Aires Gameiro, O.H. – (Director do Centro de Estudos S. João de Deus) Fernando Mascarenhas – (Presidente da Fundação das Casas de Fronteira e Alorna) 10h30 – 1ª Sessão – Moderador: Fernando Mascarenhas – «Os Mascarenhas – Uma Família em Afirmação no Século XV» por Manuela Mendonça (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Academia Portuguesa de História) – «Os Mascarenhas e as Ordens Religiosas» – Maria José Mexia Bigote Chorão (Instituto Arquivos Nacionais / Torre do Tombo) – «Os Mascarenhas e os Reais Hospitais Militares em Portugal» – Augusto Moutinho Borges (Centro de Estudos S. João de Deus) 13h00-14h30 – Intervalo para o Almoço 14h30 – Uma Leitura do Palácio Fronteira, visita à Capela e aos Jardins do Palácio Fronteira orientada por Marieta Dá Mesquita (Fundação das Casas de Fronteira e Alorna) 15h30 – 2ª Sessão – Moderador: Fernando Mascarenhas – «Os Mascarenhas e os Irmãos Hospitaleiros de S. João de Deus nas Armadas» Contra-Almirante Rui Abreu (Comissão Cultural da Marinha) – «A Ordem Hospitaleira de S. João de Deus no Coleginho da Mouraria» por Natália Correia Guedes (Comissariado do V Centenário do Nascimento de São Francisco Xavier) Intervalo (17h00-17h15) 17h15 – 3ª Sessão – Moderador: Fernando Mascarenhas – «A Ordem Hospitaleira de S. João de Deus e os seus Benfeitores em Portugal» Jorge Fonseca (Câmara Municipal de Montemor-o-Novo) – «S. João de Deus, os seus Irmãos Nobres e a Ordem Hospitaleira de S. João de Deus» Pe. Aires Gameiro, O.H., Dr.ª Ana Mateus Cardoso (Centro de Estudos S. João de Deus) 18h45 – Sessão de Encerramento / Conclusões Dados Históricos Em obra de Fr. António GOUVEIA, 1658, dedicada ao Excelentíssimo Senhor Juan Mascarenhas e prefaciada pelo Provincial de S. João de Deus, Fr. Francisco Carvalho, refere “Este Senhor, de cujas grandezas de novo se estampariam, poderia não ter patrão e de tantas virtudes e é humilde, teve minha Religião à ínclita família dos Mascarenhas o seu aumento nos dois reinos (Espanha e Portugal) e nas suas sombras nascem o novo Patriarca e pela sua mão veio para Portugal esta família de Religiosos, e pelas suas mãos se aumentaram os seus Conventos, por sua liberalidade cresceu o número de Religiosos e pelo seu amor sustentaram, eles (Mascarenhas) a caridade”. Assim, entendemos que o responsável directo pela escolha dos Irmãos Hospitaleiros de S. João de Deus para assumirem as funções de Administradores dos Reais Hospitais Militares em Portugal, em 1641, foi D. João de Mascarenhas, 2º Conde da Torre e futuro Marquês de Fronteira, tendo os Mascarenhas, a Ordem Hospitaleira de S. João de Deus e os seus Irmãos uma convivência bastante profunda.  A relação da Ordem Hospitaleira com os Mascarenhas começa quando os Irmãos Hospitaleiros vêm para Montemor-o-Novo, em 1606, e rapidamente se estabeleceram em Lisboa, em 1629, na Rua das Janelas Verdes, em terrenos cedidos pelo Conde de Óbidos, D. Vasco de Mascarenhas, com o objectivo dos Irmãos aí fundarem um Convento-Hospital para acudir os clérigos, oficiais do exército e nobres. No ano de 1637 D. Fernando de Mascarenhas, quando este era Almirante-Mor da Armada Castelhano-Portuguesa, dirigiu-se ao Brasil para combater os holandeses, ingleses e franceses e com ele foram de Lisboa oito religiosos de S. João de Deus. Também D. Jerónimo de Mascarenhas, filho do anterior, foi o primeiro biógrafo, em 1665, do Irmão Hospitaleiro S. João Grande. Ao longo da história peninsular encontramos várias referências sobre a convivência entre o poder régio, os Mascarenhas, a Armada e o Exército, sendo este Colóquio um encontro de investigadores que vão debater esta temática, para além da própria ascensão da família Mascarenhas desde o século XV até ao séc. XVIII.

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